O presidente Lula (PT) fez um apelo ao presidente de Israel, Isaac Herzog, para a criação de um corredor humanitário na Faixa de Gaza para possibilitar a fuga da população atingida pela guerra para a fronteira com o Egito. Em mensagem publicada na rede social X (ex-Twitter), Lula diz que conversou com Isaac por telefone nesta quinta-feira (12).
Conversei agora há pouco por telefone com o presidente de Israel Isaac Herzog. Agradeci o apoio para a operação de retirada dos brasileiros que desejam retornar ao nosso país. Reafirmei a condenação brasileira aos ataques terroristas e nossa solidariedade com os familiares das… pic.twitter.com/QvsS3XihfU
— Lula (@LulaOficial) October 12, 2023
A abertura do corredor humanitário, uma zona desmilitarizada para permitir o deslocamento de mantimentos e civis, daria suporte à operação para repatriação de brasileiros que estão hoje na zona de conflito na Faixa de Gaza. Há cerca de 20 brasileiros que estão no lado palestino da guerra e manifestaram ao Itamaraty o desejo de retornar ao Brasil. Na tarde desta quinta, o governo enviou uma aeronave da Presidência da República para transportar estas pessoas.
O governo brasileiro já enviou três aviões a Israel para repatriar os brasileiros que estão na região atingida pela guerra, mas este é o primeiro que deve buscar pessoas que estão no lado palestino. Hoje, a Faixa de Gaza está sitiada pelas forças israelenses. Com o corredor, os brasileiros poderiam se deslocar até a fronteira do Egito e, com a autorização deste país, embarcar no voo para o Brasil.
Isaac Herzog é o homólogo de Lula em Israel, mas as decisões mais importantes cabem ao primeiro-ministro do país, Benjamin Netanyahu. O país é parlamentarista e o presidente tem um papel mais cerimonial.
Na ligação, Lula diz que também reafirmou a condenação aos ataques a Israel e solicitou “todas as iniciativas possíveis para que não falte água, luz e remédios em hospitais”. Hoje, com o bloqueio israelense ao território palestino e os bombardeios na região, Gaza está com a luz cortada e corre o risco de esgotar o suprimento de alimentos.
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