Após o relatório final da CPI da Covid ter vazado para a imprensa, a comissão adiou em um dia a leitura do texto, de autoria do senador Renan Calheiros (MDB-AL). A sessão, que deveria acontecer nesta terça-feira (18), ficou para quarta-feira (19). A votação, pensada para esta semana, agora deve ocorrer na próxima terça-feira (26). Amanhã, a corte ouvirá Elton Chaves, que integra o Conselho Nacional dos Secretários Municipais de Saúde (Conasems).
Após o final da sessão de hoje, que ouviu familiares de vítimas da covid-19, Calheiros julgou ser “impossível” que partes do texto final vazassem. Segundo o relator, trechos sobre a recusa de vacina estavam prontos há três meses, e eram preparados por uma equipe própria da CPI da Covid com mais de 50 pessoas. “O vazamento não é bom mas, já que vazou, vamos aproveitar essa circunstância para confrontar pontos de vistas, para que o relator acerte um posicionamento comum”, disse aos jornalistas ao final da sessão.
Já o senador Humberto Costa (PT-PE) também indicou aos depoentes da sessão de hoje que a CPI da Covid deve mesmo concluir os trabalhos no fim do mês.
“O dia 26 de outubro de 2021 será um dia histórico para o Brasil em que nós vamos apresentar um relatório que dê uma resposta ao Márcio, que dê uma resposta à Katia”, disse. “Que eles possam dizer: ‘Eu não vou ter mais minha mãe de volta, meu filho de volta, mas eu tenho justiça; eu tenho justiça, eu lutei por justiça, eu honrei o meu pai e a minha mãe, o meu irmão’, quem quer que seja.”
Durante a sessão, os parlamentares ouviram críticas dos familiares das vítimas à gestão do governo federal na pandemia, e foram cobrados da redação de um relatório firme. “Gostaria de dizer aos membros […] para trazer alguns pedidos de esta CPI da Covid garantir a memória das vítimas e da forma como foi cuidada ou não cuidada a pandemia no Brasil nesse ano passado e neste ano”, disse Arquivaldo Bites Leão Leite, que representou a região centro-oeste. “É fundamental que a gente garanta a memória do que nós estamos passando, de março do ano passado até os dias de hoje, e ainda vamos continuar passando, para que nunca mais, no Brasil, se repita o que está acontecendo agora”
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