Pedro Sales*
O ministro da Casa Civil, Rui Costa, afirmou durante a reunião ministerial nesta sexta-feira (3) que o governo deve respeitar o teto de gastos estipulado pelo arcabouço fiscal. Para ele, o uso de recursos para conclusão de obras de infraestrutura não compromete o teto justamente pelo fato de estarem previstos no Orçamento.
No início da reunião, Lula disse que dinheiro bom é aquele investido em obras. “Para quem está na Fazenda, dinheiro bom é dinheiro que está no Tesouro, mas para quem está na Presidência dinheiro bom é dinheiro transformado em obras. É dinheiro transformado em estrada, em escola, em escola de primeiro, segundo, terceiro grau, saúde”.
O ministro defendeu o posicionamento do presidente ao afirmar que não há possibilidade de aumento dos gastos. “Acho que talvez não tenha ficado suficientemente claro, por mais debate que o país tenha feito. Os artigos tentam fazer um contraponto entre uma parte do governo que é gastadora e outra que é poupadora. Mas não há essa dicotomia porque não há nenhuma possibilidade de aumentarmos o gasto, porque o arcabouço não permite”
“Se tem uma escola que foi iniciada; um hospital que foi iniciado, eles têm de ser concluídos porque temos de servir a população. Não adianta ficar com o dinheiro no caixa do ministério e o povo sem escola; sem saúde; sem a estrada feita”, argumentou Rui Costa. “Foi essa a palavra do presidente, o que não tem absolutamente nada a ver com elevação de gasto público”.
Na última semana, Lula afirmou em café da manhã com jornalistas que a meta fiscal de déficit zero “dificilmente” será atingida em 2024. O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, tentou amenizar as falas do presidente. Segundo ele, a declaração de Lula foi um alerta e não um sinal de descompromisso com a meta fiscal.
*Estagiário, sob supervisão da editora Iara Lemos
Com informações da Agência Brasil
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