Escolhido como líder do governo na Câmara pelo presidente Jair Bolsonaro, que fez o anúncio pelo Twitter no início da noite dessa segunda-feira (14), o deputado eleito Major Vitor Hugo (PSL-GO) nunca teve um mandato eletivo. Em entrevista ao Congresso em Foco, o futuro parlamentar conta que foi levado ao cargo por escassez de veteranos na legenda: como Bolsonaro descartou nomear alguém de fora do PSL e os poucos parlamentares experientes do partido não queriam ou podiam assumir a função, pesou a favor do militar da reserva sua experiência de quatro anos como consultor legislativo de Defesa Nacional e Segurança Pública.
Aos 41 anos, o baiano Major Vitor Hugo entrou para o Exército aos 16, tem várias especializações na área militar e se formou em Direito pouco antes de passar no concurso para a Câmara. Em 2018, com orientação e suporte de Bolsonaro que gravou vídeos de apoio ao então candidato, ele fez uma campanha modesta (gastou R$ 94,9 mil) e ficou com a última das 17 vagas para a bancada de Goiás, com 31 mil votos.
O novo líder do governo afirma que marcará, a partir de hoje, conversas com ministros e com todos os líderes de partido, “inclusive os da oposição”, e confia que será possível aprovar medidas, como a reforma da Previdência, com menos dificuldade do que se imagina.
Confira a entrevista:
Como se deu o convite para assumir a liderança?
Eu já vinha conversando com o presidente há algum tempo sobre de que maneira eu podia ajudar o governo mais de perto. O PSL tem 52 deputados eleitos [número que o partido espera aumentar], mas, dos deputados federais com mandato, nenhum teria condições ou interesse nesse momento em assumir a liderança do governo. A primeira coisa que se pensa é que seria bom se fosse alguém com experiência no Congresso, claro. Mas o Eduardo (PSL-SP) é o filho do presidente, não seria o caso. Delegado Waldir (PSL-GO) tem interesse em ser líder do PSL. Luciano Bivar (PSL-PE) é o presidente do partido e o Marcelo Álvaro Antônio (PSL-MG) é ministro do Turismo. Então, entre os parlamentares novos, quem tem alguma experiência no Congresso sou eu.
O presidente chegou a cogitar alguém de fora do PSL para a função?
Até onde eu sei era uma possibilidade. Sempre foi. Mas quando a gente olha o passado, o FHC escolheu alguém do PSDB. O Lula, durante quase todo o período dele foi alguém do PT. A Dilma era alguém do PT. Então é normal que se escolha alguém do próprio partido por questão de confiança. Nesse sentido a escolha de alguém novo, que não está vinculado a práticas anteriores [o chamado toma-lá-dá-cá, segundo o deputado eleito] porque não viu, não participou, não é algo ruim. Talvez seja uma vantagem, até.
Você já tem dialogado com outros deputados?
No PSL eu conversei com alguns parlamentares mais próximos. Todos com quem eu conversei foram muito simpáticos à ideia, me apoiaram, e inclusive nas interações com o presidente ao longo do tempo, reforçaram isso, o que ajudou o meu nome a ser construído na cabeça do presidente. Quais serão seus primeiros passos? Como a gente já vinha conversando, eu construí um plano que seria colocado em prática a partir do momento que ele me indicasse. E a partir de amanhã [esta terça-feira, 14] eu vou começar a colocar esse plano em prática. Vou conversar com os ministros, vou conversar com os líderes dos partidos que já manifestaram apoio ao governo. Eu vou buscar conversar com todos os líderes. Inclusive os da oposição, se quiserem conversar, se me atenderem, para poder desde já estabelecer uma boa relação, independente de qual matriz ideológica ou política a gente se encontra.
Que prioridades você vislumbra para o governo na Câmara?
É prematuro falar. O que eu posso dizer é que a reforma da Previdência é prioritária. Mas já tem pesquisas dizendo que parte considerável da população, em torno de 70%, já apoia que haja uma reforma, a imprensa a gente vê que é majoritariamente favorável à reforma. Então eu imagino que os deputados vão se sensibilizar com esse tema. E tem os elementos técnicos para subsidiar os argumentos. Acho que existe um clima favorável para a aprovação.
reforma previdência é para todos, senão : deputados que votaram a favor na comissão da reforma da previdência do Temer não conseguiram se eleger em 2018.
Prioritária é a Reforma Tributária – o que só ela poderia fazer o país crescer 3,5% ao ano. Redução de juros bancários faria o país crescer mais 1,5% ao ano. Com crescimento de 5% ao ano a economia, a arrecadação subiria entre 8% e 10% ao ano, fora o crescimento na arrecadação provocado por uma reforma tributária – portanto, só aí acabaria com déficit. Já a Reforma da Previdência deveria ser apenas para combater privilégios, uma vez que, na REFORMA TRIBUTÁRIA poderia alterar a forma de contribuição previdenciaria que deveria resumir num único imposto – CPMF em SUBSTITUIÇÃO e EXCLUSIVAMENTE destinado a previdência – só aí os trabalhadores que pagam 8% a 14% de previdência pagaria apenas 3% a 3,5% de CPMF – ganho salarial de 4,5% a 11% e o fim de qualquer deficit – colocaria não só a União em excelente situação, mas, Estados e Municípios também. UNIFICAÇÃO DO SISTEMA.
A esperança do povo brasileiro está nos recuo do governo, porque as melhores medidas do bolsonaro foram os recuos
Bolsonaro e mais 141 deputados já podem pedir aposentadoria de 33 mil reais por mês.
As reformas que o Brasil precisa são para corrigir estas injustiças e no caráter destas pessoas que julgam e legislam em causa própria, políticos juízes, etc. nos fazendo de escravos. Falar em reforma previdenciária encima dos trabalhadores e manter estas benesses para eles e também para os militares é um acinte, um deboche na cara do povo!