O secretário de assuntos legislativos do Ministério da Justiça, Elias Vaz, declarou nesta segunda-feira (13) que a esposa de um dos líderes da facção conhecida como Comando Vermelho (CV) no Amazonas, Luciane Barbosa Farias, não tocou em temas relacionados à facção criminosa ou a questões envolvendo o estado do Amazonas.
Em nota, o secretário disse que o encontro atendeu a um pedido de reunião por parte da ex-deputada estadual fluminense Janira Rocha. A política é atualmente advogada e vice-presidente da Comissão de Assuntos Penitenciários da Associação Nacional da Advocacia Criminal do Rio de Janeiro.
Os encontros foram revelados nesta mesma manhã pelo Estadão. Luciane, que é investigada por fazer parte do braço financeiro da facção criminosa no estado, teria se identificado como representante da ONG “Instituto Liberdade do Amazonas”, e conseguido articular com aliados em Brasília para compor duas comitivas em reuniões com o Ministério da Justiça: uma em março, com a Secretaria de Assuntos Legislativos, e outra em maio, com a Secretaria Nacional de Políticas Penais. A comitiva da ex-parlamentar contava com as mães de duas vítimas de homicídio, cujos inquéritos seguem sem conclusão, e mais Luciene Barbosa.
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“Durante a audiência, das mães Ana Lúcia e Luana Lima, escutei reivindicações pedindo celeridade nas investigações sobre a morte dos filhos. Na ocasião, recebi os documentos anexos, nenhum tratando de casos ocorridos no estado do Amazonas. Quanto à Sra. Luciane, ela estava como acompanhante da advogada Janira Rocha, e se limitou a falar sobre supostas irregularidades no sistema penitenciário”, relatou.
Elias Vaz também publicou os documentos apresentados pelas duas mães, com resumos dos dois casos em aberto, bem como a ata de presença da reunião, que também consta o nome de Marli Pereira Carvalho como “representante da Ordem dos Advogados do Brasil” e identifica Luciene Barbosa como “Presidente da Associação Liberdade do Amazonas”.
Em nota, Elias acrescenta ter respondido às demandas com a recomendação para que fizessem contato com a Secretaria Nacional de Políticas Penais. “Tenho uma longa trajetória parlamentar e política, sempre com a marca da seriedade. Atendi a advogada Janira Rocha e acompanhantes por conhecer a citada profissional e ela desejar falar sobre vítimas de homicídios. Repudio qualquer envolvimento abjeto e politiqueiro do meu nome com atividades criminosas”, concluiu.
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