Nesta terça-feira (7), no aniversário de 199 anos da independência do Brasil, devem acontecer os maiores atos de caráter antidemocráticos desde o final da ditadura militar, há 36 anos. Protagonizados pelo próprio presidente Jair Bolsonaro e pelos seus apoiadores, serão três os atos principais planejados para hoje.
Logo no início do dia, às 8h, o presidente deve participar do hasteamento da bandeira e de uma cerimônia simbólica em frente ao Palácio do Alvorada. Em seguida, deve rumar à Esplanada dos Ministério, onde uma manifestação a seu favor o aguarda. Apesar de defender que o tema será a “luta pela liberdade”, a pauta defendida por apoiadores do presidente e pelo próprio Bolsonaro tem caráter antidemocrático e golpista: muitos pedem a destituição dos onze ministros do Supremo Tribunal Federal (STF) e o fechamento da própria corte.
A manifestação é pensada como uma prova de que Bolsonaro ainda tem poder de fogo junto à sua base radical, composta não apenas de apoiadores que vieram de vários estados para Brasília como também em atos que devem ocorrer em outros estados. É um desses, marcado para a Avenida Paulista no período da tarde, que deverá motivar a terceira agenda de Bolsonaro no dia: inflamar os manifestantes em São Paulo.
Esquema de segurança – mas não muito
A Esplanada dos Ministérios contará com esquema especial de policiamento para receber as manifestações pró e contra o governo marcadas para este Sete de Setembro. O trânsito de veículos está interditado desde domingo (5) e os grupos serão separados por gradil e policiais.
Isso não impediu que manifestantes invadissem este perímetro com ônibus, caminhões e motor homes ainda na noite desta segunda-feira (6). A ação teria contado com o acompanhamento e mesmo o apoio da PM do Distrito Federal – o governador Ibaneis Rocha (MDB) disse que não foi consultado da decisão.
PublicidadeA Polícia Militar do Distrito Federal (PMDF) realizará linhas de revistas pessoais e bloqueios nas principais vias da Esplanada dos Ministérios e proximidades da Torre de TV. É proibido o acesso das áreas portando objetos pontiagudos, garrafas de vidro, hastes de bandeiras e outros materiais que coloquem em risco a segurança de manifestantes e população. Também fica restrita a utilização de drones sem autorização no espaço aéreo da Esplanada.
O Centro Integrado de Operações de Brasília (Ciob) vai monitorar os eventos com apoio de 29 órgãos, instituições e agências do governo do DF que prestam serviços de segurança, mobilidade, saúde e fiscalização.
“Vamos seguir os protocolos que vêm dando certo no planejamento e monitoramento de eventos deste porte. A SSP/DF, assim como as forças de segurança, tem uma vasta experiência em atuações em manifestações públicas”, disse o secretário de Segurança Pública, Júlio Danilo. “Nos reunimos com profissionais de todos os órgãos de segurança federais envolvidos direta e indiretamente nos eventos, bem como representantes dos manifestantes.”
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