Relatórios da Diretoria de Governança e Conformidade da Petrobras sobre o histórico do executivo Rodolfo Landim e do consultor Adriano Pires assustaram o ministro das Minas e Energia, Bento Albuquerque, e técnicos da Corregedoria Geral da União. A informação é da colunista Malu Gaspar, do jornal O Globo.
Segundo a jornalista, documentos oficiais de conformidade da Petrobras sobre o histórico dos dois indicados por Bolsonaro para dirigir a estatal mostram que nenhum deles teria aprovação fácil no comitê interno que vai avaliar se eles têm ou não condições de ocupar os postos para os quais foram indicados.
O comitê se reúne nesta terça-feira (5) para analisar um relatório e preparar um parecer a ser enviado aos acionistas que vão deliberar no dia 13 sobre as indicações de Bolsonaro.
Presidente do Flamengo, Landim rejeitou a indicação à presidência do conselho da companhia nesse domingo (3), alegando que decidiu priorizar sua gestão à frente do clube carioca. Mas, segundo O Globo, documentos apresentados a Bento Albuquerque na última quarta-feira (30) revelam que Landim tem uma série de processos e acusações pendentes na Justiça que atestam sua relação com o empresário Carlos Suarez, sócio de distribuidoras de gás, o que configuraria conflito de interesse caso ele assumisse.
Conflitos de interesse também são apontados em relação a Adriano Pires, caso ele seja conduzido à presidência da estatal. De acordo com Malu Gaspar, conflitos de interesse são base de uma representação do Ministério Público junto ao Tribunal de Contas da União para que Pires não assuma antes de uma investigação mais aprofundada.
Conforme a colunista, Pires é consultor não só de Suarez, mas também da associação do setor (Abegás), da Compass, concessionária de gás do empresário Rubens Ometto, e de diversas outras empresas do setor. Adriano Pires foi escolhido por Bolsonaro para substituir o general Silva e Luna, que será afastado do cargo após entrar em conflito com o governo devido à política de preços da Petrobras.
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