Em coletiva de imprensa na tarde desta quarta-feira (29), o governador de São Paulo, João Doria (PSDB), rebateu críticas do presidente Jair Bolsonaro feitas mais cedo na portaria do Palácio da Alvorada. A jornalistas e ao lado de parlamentares aliados, Bolsonaro acusou o governador e o prefeito da capital paulista, Bruno Covas (PSDB), pelas 2.049 mortes por covid-19 no estado.
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Doria pediu para Bolsonaro sair de sua “fábula” e de seu “mundinho de ódio” e respeitar o luto dos familiares das vítimas da covid-19.
“Pare, presidente, com essa política da perversidade. Pare de atrapalhar quem está lutando para salvar vidas. Pare de fazer política em meio a um país que chora mortes e infectados”, disse ele.
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Doria disse que Bolsonaro deveria ter adotado algumas medidas como presidente da República, a começar pelo respeito com as vítimas do novo coronavírus e com os profissionais de saúde. Ele também criticou a ida do presidente a um estande de tiros e defendeu que ele visite hospitais.
O governador de São Paulo pediu, ainda, que o presidente seja solidário com a realidade do país. “A vida, presidente Bolsonaro, não é um número, é sentimento, e eu espero que o senhor ainda possa resgatar o seu sentimento para ter um olhar de compaixão para com o seu país e os brasileiros”.
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Ontem, o Brasil bateu novo recorde de mortes em um dia, com 474 óbitos. Segundo atualização do Ministério da Saúde divulgada na terça-feira (28), o total subiu para 5.017, aumento de 10,4%. O acréscimo mais alto até então havia sido na quinta-feira (23), quando foram contabilizados 407. Com isso, o país ultrapassou a China em número de mortes. Até o momento, o país asiático registrou 4.637 mortes, segundo o Centro Europeu de Prevenção e Controle de Doenças.
Novas medidas em SP
O governador anunciou a compra de 3 mil respirados para o estado. Também foi determinada a obrigatoriedade de uso de máscaras em transporte coletivo, como metrô, trens e ônibus, a partir de 4 de maio. A taxa de isolamento em São Paulo continua em 48%.
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