O economista Rubem Novaes, que vai sair do comando do Banco do Brasil em agosto, reclamou da cultura política em Brasília. Para ele, “criar dificuldades para vender facilidades é a regra”.
Novaes afirmou que isso começou na reeleição de Fernando Henrique Cardoso e “piorou muito nos anos do PT com mensalões e petrolões”. As declarações foram dadas em entrevista ao jornalista Merval Pereira, do jornal O Globo.
O economista não citou exemplos específicos, mas reclamou da “cultura de privilégios e compadrios”. Ele citou o ex-deputado Roberto Jefferson, presidente do PTB, como o “melhor cronista dos bastidores planaltinos”. Jefferson cumpriu pena por ter sido condenado por corrupção no processo do mensalão e virou apoiador de Bolsonaro.
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Novaes disse que negocia a saída do BB com o ministro da Economia, Paulo Guedes, desde junho e nega que tenha sido alvo de pressão política. No entanto, admite que ficou contrariado com a decisão do ministro do Tribunal de Contas de União (TCU) Bruno Dantas de impedir o banco de anunciar em sites conhecidos por propagar notícias falsas. “Um dos maiores absurdos já ocorridos na administração pública federal. Quem pagará pelos prejuízos?”, declarou.
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