O senador Rodrigo Pacheco (DEM-MG) acompanhou a posição do governo de Jair Bolsonaro em 92% das votações na Casa Legislativa. A taxa é menor que a registrada por sua rival na disputa pelo comando da Casa, a senadora Simone Tebet (MDB-MS), que em 94% das vezes votou com o Planalto.
Os dados são do Radar do Congresso, plataforma de dados do Congresso em Foco, que compila as votações nominais do Senado e da Câmara. O levantamento inclui os votos dos dois anos de governo Bolsonaro.
Simone e Pacheco são os principais concorrentes à presidência do Senado. O mineiro é apadrinhado pelo presidente do Senado, Davi Alcolumbre (DEM-AP), e é candidato com o qual Bolsonaro afirmou ter simpatia em conversa com apoiadores nesta semana. Apesar disso, a candidata do MDB tem um índice de governismo maior do que seu concorrente.
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O senador do DEM também é apoiado pelo senador Flávio Bolsonaro (Republicanos-RJ). “Seu perfil responsável e ponderado, além do seu compromisso com as pautas essenciais para a continuidade do crescimento do Brasil, serão vitais para os próximos dois anos”, escreveu o filho mais velho do presidente sobre Pacheco nas redes sociais.
Declaro meu voto em Rodrigo Pacheco para Presidência do Senado. Seu perfil responsável e ponderado, além do seu compromisso com as pautas essenciais para a continuidade do crescimento do Brasil, serão vitais para os próximos dois anos.
— Flavio Bolsonaro (@FlavioBolsonaro) January 14, 2021
Apesar de ter a candidatura endossada pelo governo, o líder do DEM também tem apoio de partidos de oposição, como PT e PDT.
Simone Tebet é presidente da Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) e foi uma das principais articuladoras no Senado da aprovação de matérias do interesse do Ministério da Economia, como a reforma da Previdência em 2019.
Na terça-feira (11), quando o MDB confirmou o nome dela como candidata, foram ressaltadas as reformas econômicas como prioridade do partido, que tem como filiados dois líderes do governo: Fernando Bezerra (PE), no Senado, e Eduardo Gomes (TO), no Congresso.
Simone diz não ser oposição ao governo, mas tem procurado mostrar distância do Executivo.
“O Congresso Nacional não existiria e não teria necessidade de existir se fosse apenas para homologar qualquer projeto que venha de qualquer presidente ou de qualquer chefe do Executivo”, afirmou durante o lançamento de sua candidatura.
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