Após os casos de infecções e mortes pela doença respiratória causada pelo novo Coronavírus, na China, o Ministério da Saúde instalou, nesta quarta-feira (22/01), o Centro de Operações de Emergência (COE) – Coronavírus, que tem como objetivo instruir a rede pública de saúde brasileira para o atendimento de possíveis casos no país. O alerta vermelho se acendeu após a Secretaria de Saúde de Minas Gerais anunciar um caso suspeito do vírus no estado. O Ministério, por sua vez, nega que se trate da doença que já matou 17 pessoas China.
> PEC de Eduardo impediria Bolsonaro de indicar ministros do STF
Além do Ministério da Saúde, compõem o novo Centro: a Organização Pan-Americana da Saúde (OPAS/OMS), a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), o Instituto Evandro Chagas (IEC), técnicos especializados em resposta às emergências de saúde pública e outros órgãos.
De acordo com o Ministério, é considerado como caso suspeito do novo Coronavírus, pacientes com sintomas da doença, como febre, tosse e dificuldade para respirar. Além disso, o paciente precisa ter viajado para área com transmissão ativa do vírus nos últimos 14 dias antes do início dos sintomas. Até o momento, só há transmissão ativa do vírus na cidade de Wuhan, na China.
Casos no Brasil
Ontem a Secretaria da Saúde de Minas Gerais anunciou uma suspeita de coronavírus, mas o Ministério da Saúde descartou a possibilidade de que o caso em questão possa ser enquadrado como suspeito do vírus.
PublicidadeDe acordo com o Ministério, cinco estados, mais o Distrito Federal, notificaram suspeitas de infecção pelo vírus, mas todas elas não correspondiam com os critérios da OMS e, portanto, foram descartadas. “Nós recebemos algumas notificações: a primeira recebida pelo Cievs foi do DF, em 18 de janeiro, que foi descartado pelos critérios da OMS. Depois, recebemos notificação de Santa Catarina e Minas Gerais, em 21 de janeiro, que também foram descartadas, pelo mesmo motivo. São Paulo e Rio grande do Sul também notificaram casos suspeitos. Também descartados de acordo com critério da OMS”, explicou o secretário substituto de Vigilância em Saúde, Júlio Croda, em coletiva realizada nesta quinta (23).
De acordo com o secretário substituto, “é preciso esclarecer que a definição de casos é dinâmica, porque pode mudar a partir do contexto epidemiológico. No entanto, até o momento, não há nenhum caso suspeito do novo coronavírus no Brasil”, esclareceu Júlio Croda.
O Ministério instrui que os estados comuniquem qualquer suspeita. “O Ministério da Saúde quer que os estados informem qualquer suspeição, para que possamos esclarecer se são ou não casos suspeitos de Coronavírus. É super salutar essa conversa com os estados para esclarecimento dos fatos”, informou o secretário substituto.
Recomendações
Apesar de nenhum caso de infecção pelo vírus tenha sido confirmada no Brasil, o Ministério orienta alguns cuidados básicos para reduzir o risco de infecções respiratórias agudas. “Evitar contato próximo com pessoas que sofrem de infecções respiratórias agudas; realizar lavagem frequente das mãos, especialmente após contato direto com pessoas doentes ou com o meio ambiente; evitar contato próximo com animais selvagens e animais doentes em fazendas ou criações”, estão entre as orientações do órgão.
> Brasil repete nota e piora em ranking de corrupção em 2019
Deixe um comentário