O presidente Jair Bolsonaro (PL) voltou a defender o uso de ivermectina e a hidroxicloroquina contra a covid-19 e criticar o passaporte vacinal, documento que comprova a imunização de uma pessoa e que Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) recomendou que fosse exigido para a entrada de viajantes provenientes de outros países. Durante o discurso na cerimônia alusiva ao Dia Internacional Contra a Corrupção, realizada nesta quinta-feira (9), Bolsonaro afirmou que os remédios salvaram vidas e questionou como ele poderia apoiar a implementação do passaporte, já que ele mesmo não tomou nenhuma vacina.
Citando os medicamentos sem eficácia comprovada contra a covid-19, Bolsonaro perguntou quais dos presentes no evento que tomaram a medicação quando infectados com o novo coronavírus.
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Ao falar sobre a pressão para a implementação do passaporte vacinal, o chefe do executivo afirmou: “como é que eu posso aceitar o cartão vacinal se eu não tomei a vacina?”. O presidente então disse que era um direito seu não tomar nenhum dos imunizantes disponíveis para aplicação no país.
Anteriormente, após citar o governador de Rondônia, Marcos Rocha (PSL), que pretende sancionar lei para proibir a cobrança do comprovante de imunização, o presidente aproveitou para criticar o governador de São Paulo, João Dória (PSDB). Recentemente, o paulista afirmou que irá implementar o passaporte vacinal nos aeroportos do estado. Irritado, Bolsonaro falou: “Já um governador aqui da região Sudeste quer fazer o contrário e ameaça: ‘ninguém vai entrar no meu estado’. Teu estado é o cace… porr..!”
Portaria
Mais cedo, foi publicado no Diário Oficial da União (DOU) uma portaria com as regras para os viajantes que chegarem ao Brasil por vias aéreas, que passará a valer a partir deste sábado (11). Segundo o texto, os viajantes não precisam apresentar o comprovante de vacinação, mas, caso optem por isso, devem cumprir uma quarentena de cinco dias no destino final ou apresentar um teste com resultado negativo para o novo coronavírus.
Por meio de nota, a Anvisa afirmou que, em análise inicial, as regras estabelecidas reproduzem as orientações técnicas da Agência.
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