Em uma série de tuítes publicados na manhã desta terça-feira, o presidente Jair Bolsonaro disse que a responsabilidade fiscal e o respeito ao teto são os “trilhos” da economia, mas que aceitará ouvir alternativas. “Estamos abertos a sugestões juntamente com os líderes partidários”, escreveu.
1- Ao longo da minha vida parlamentar nunca me preocupei com reeleição. Sempre exerci meu trabalho na convicção de que o voto era consequência dele. pic.twitter.com/kpa3GwMml0
— Jair M. Bolsonaro (@jairbolsonaro) September 29, 2020
As mensagens são publicadas um dia após o mercado ter reagido mal ao anúncio do adiamento da reforma tributária e das fontes de financiamento do programa social que substituirá o Bolsa Família. O dólar subiu e chegou a R$5,63 – maior valor em dois meses – enquanto a Bolsa caiu 2,4%, se descolando de uma tendência internacional de crescimento dos mercados.
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Bolsonaro também negou que suas atitudes políticas recentes tenham como objetivo sua reeleição em 2022. “Ao longo da minha vida parlamentar nunca me preocupei com reeleição. Sempre exerci meu trabalho na convicção de que o voto era consequência dele”, escreveu o presidente, que foi deputado federal por sete mandatos seguidos.
“Minha crescente popularidade importuna adversários e grande parte da imprensa, que rotulam qualquer ação minha como eleitoreira. Se nada faço, sou omisso. Se faço, estou pensando em 2022.”
As ações que estão sendo tomadas pelo governo, segundo ele, são voltadas para 2021. “Pois temos milhões de brasileiros que perderam seus empregos ou rendas e deixarão de receber o auxílio emergencial a partir de janeiro”, afirmou.
6- A responsabilidade fiscal e o respeito ao teto são os trilhos da Economia. Estamos abertos a sugestões juntamente com os líderes partidários.
7- O Auxílio Emergencial, infelizmente para os demagogos e comunistas, não pode ser para sempre.
— Jair M. Bolsonaro (@jairbolsonaro) September 29, 2020
O presidente, em uma série de mensagens, ainda criticou a imprensa por não dar alternativas ao isolamento social necessário ao controle da pandemia de covid-19. De acordo com ele, o governo busca se antecipar aos graves problemas sociais que podem surgir. “O auxílio emergencial, infelizmente para os demagogos e comunistas, não pode ser para sempre”, concluiu.
As mensagens vêm um dia após o governo ser acusado de tentar dar uma “pedalada fiscal”, ao propor o financiamento do Renda Cidadã com precatórios e parte do Fundeb, estratégia apontada por parlamentares e economistas como uma maneira de driblar o teto de gastos.
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