O presidente Jair Bolsonaro escolheu o advogado-geral da União, André Luiz Mendonça, para comandar o Ministério da Justiça e Segurança Pública. Diretor da Agência Brasileira de Inteligência (Abin), Alexandre Ramagem será o novo diretor-geral da Polícia Federal. Eles vão substituir, respectivamente, Sergio Moro e Maurício Valeixo, que deixaram seus cargos semana passada.
> Quem é Alexandre Ramagem, o novo diretor-geral da Polícia Federal
O chefe da Procuradoria da Fazenda Nacional, órgão vinculado ao Ministério da Economia, José Levi Mello do Amaral Junior, será o novo advogado-geral da União.
As nomeações foram publicadas na edição desta terça-feira (28) do Diário Oficial da União.
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Mendonça e Ramagem assumirão seus cargos em momento tenso, provocado pelas saídas de Moro e Valeixo. O ex-ministro deixou o cargo acusando o presidente da República de tentar interferir politicamente na PF ao trocar o diretor-geral da instituição sem consultá-lo e ao pedir acesso privilegiado a informações sobre investigações.
A relação de amizade do novo diretor-geral da PF com os filhos de Bolsonaro, também alvos de inquéritos, já levou a oposição a questionar na Justiça a indicação dele para o cargo.
O nome do secretário-geral da Presidência, ministro Jorge Oliveira, era o mais forte até o início dessa segunda-feira para a sucessão de Moro. Assessor de Bolsonaro e Eduardo, de quem foi padrinho de casamento, Jorge também enfrentava resistência por causa da proximidade com a família do presidente e, da parte de policiais federais, por ser policial militar.
Bolsonaro se reuniu com os dois ontem e optou por Mendonça, a quem também considera homem de sua confiança, por considerar que ele tem mais trânsito fora do governo, especialmente com ministros do Supremo Tribunal Federal (STF). O nome dele já foi ventilado pelo próprio presidente como um potencial candidato a uma vaga no Supremo, quando se referiu à necessidade de o país ter, na visão dele, um “ministro terrivelmente evangélico“.
Mendonça
Pastor na Igreja Presbiteriana Esperança, em Brasília, André Mendonça tem 46 anos e é advogado da União desde 2000. A exemplo de Bolsonaro, também tem um perfil conservador na pauta dos costumes. Já exerceu, na instituição, os cargos de corregedor-geral da Advocacia da União e de diretor de Patrimônio e Probidade (PGU), dentre outros.
Na Controladoria-Geral da União (CGU), coordenou equipes de negociação de acordos de leniência celebrados pela União e empresas privadas.
Formado pela Faculdade de Direito de Bauru (SP), André Mendonça é doutor em Estado de Direito e Governança Global e mestre em Estratégias Anticorrupção e Políticas de Integridade pela Universidade de Salamanca, na Espanha. Também é pós-graduado em Direito Público pela Universidade de Brasília (UnB).
André Mendonça recebeu, na categoria especial, o Prêmio Innovare/2011, que identifica e divulga as melhores práticas exercidas no âmbito do Poder Judiciário. O prêmio foi concedido ao grupo coordenado na AGU pelo novo ministro da Justiça em trabalho de recuperação de ativos desviados em casos de corrupção.
Ramagem
Alexandre Ramagem, de 48 anos, é graduado em Direito pela Pontifícia Universidade Católica do Rio de Janeiro (PUC-Rio). Na Polícia Federal desde 2005, é delegado de classe especial.
Ramagem foi chefe da segurança de Jair Bolsonaro durante a campanha eleitoral de 2018 e virou amigo dos filhos do presidente. Participou na coordenação de grandes eventos, como a Copa do Mundo de 2014 e as Olimpíadas do Rio de 2016, e integrou a equipe da Operação Lava Jato. Em 2017, com a evolução dos trabalhos da Lava Jato no Rio de Janeiro, foi convidado a integrar a equipe de policiais responsáveis pela investigação e inteligência de polícia judiciária no âmbito da operação.
Levi
Próximo a Mendonça, José Levi ingressou na carreira da Procuradoria da Fazenda Nacional em 2000 e recentemente foi procurador-geral adjunto de Consultoria Tributária e Previdenciária. Ele é doutor em Direito do Estado pela Universidade de São Paulo (USP). O novo advogado-geral da União foi ministro interino da Justiça entre fevereiro e março de 2017.
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Boa sorte aos nomeados. Que realizem suas atividades com isenção e ética, respeitando a Constituição.
Quanto às “choradeiras” e “mimimi’s” da oposição, de que são próximos do Presidente, nada de anormal.
Ninguém deu chilique quando o PT nomeou para o STF pseudos advogados, amigos íntimos do ex-presidente, atual condenado cumprindo pena, e da ex-presidentA, atual estocadora de vento, sem qualquer conhecimento jurídico, portanto, sem nenhuma condição técnica para exercerem suas funções.
São só choradeiras dos derrotados nas urnas em 2018!
Agora ficou completo a máfia do governo Bozo.tudo em família.. e um absurdo o que estamos vendo neste país..extrapolou o a imbecibilidade ..é um tapa na cara dos poderes como STF.. congresso ..e a impressa..se não agir logo vão fechar está instituições….lamentável.. na economia vai vender o Brasil.
Um pastor como Minsitro da Justiça do Brasil é para esculhambar de vez.
O problema é que como bom imbecil, o Bolsonaro não tem uma roda de amizades de pessoas evoluidas e, assim, ele compõe os cargos federais com pessoas desse seu mesmo nível.
Iremos para 6 anos voltando para trás ou alguma lucidez vai parar com essa palhaçada?
Conforme li em outro site, a nomeação de Ramagem é inconstitucional pela proximidade com a familícia.
Boa escolha finalmente livre dos traíras inconvenientes, São pessoas que com certeza trabalharão mais próximas do presidente.
Parabéns.