O presidente Jair Bolsonaro e o ministro da Economia, Paulo Guedes, assinaram um decreto que retira a empresa de participações da Eletrobras do Programa Nacional de Desestatização. A decisão foi publicada na edição desta quinta-feira (2) do Diário Oficial da União. A Eletropar reúne participações acionárias da Eletrobras em empresas do setor elétrico.
Na segunda-feira (30), o presidente da Eletrobras, Wilson Ferreira, admitiu durante videoconferência com investidores a possibilidade da privatização da estatal também não acontecer em 2020.
A intenção inicial do governo era que a Eletrobras fosse privatizada neste ano. A receita com a operação (R$ 16 bilhões) está inclusive prevista no planejamento orçamentário de 2020.
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A tentativa de conceder a Eletrobras para a iniciativa privada acontece desde 2017 durante o governo do ex-presidente Michel Temer (MDB).
Nos últimos meses, antes do alastramento do covid-19, líderes partidários na Câmara dos Deputados manifestavam posição favorável ao projeto de lei que privatiza a empresa, mas a iniciativa já enfrentava forte oposição no Congresso, principalmente de senadores.
Em entrevista ao Congresso em Foco publicada no último dia 18, o deputado Pedro Paulo (DEM-RJ), autor de proposta de emenda à Constituição (PEC) que altera regra de ouro do orçamento federal, afirmou que a crise do coronavírus adiaria a tentativa de privatizar a empresa este ano por parte do Congresso.
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