O presidente Jair Bolsonaro evitou falar com jornalistas ao deixar o Palácio da Alvorada nesta quinta-feira (27). Bolsonaro também não se manifestou ontem ao chegar à residência oficial após viagem a Guarujá (SP), onde passou o período de carnaval. De acordo com a agenda do presidente, ele receberá hoje os ministros da Defesa, Fernando Azevedo e Silva, e da Justiça e Segurança Pública, Sergio Moro.
Nesta manhã, Bolsonaro conversou com apoiadores, mas silenciou diante da imprensa e seguiu para o carro oficial em direção ao Palácio do Planalto. Ontem, pelo Twitter, Bolsonaro acusou jornalistas de distorcerem seus atos. O presidente se referia às críticas que recebeu por ter compartilhado um vídeo pelo Whatsapp com convocação de um ato contra o Congresso Nacional.
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Da série João 8:32/O q leva parte da imprensa a mentir, deturpar, caluniar…enfim, atentar contra o Brasil 24h/dia? Abstinência de verba ou medo da verdade? -Jeremias 1:19/E pelejarão contra ti, mas não prevalecerão contra ti, porque eu sou contigo, para ti livrar, diz o Senhor.
Publicidade— Jair M. Bolsonaro (@jairbolsonaro) February 26, 2020
Apoiadores de Bolsonaro, inclusive parlamentares aliados, continuam compartilhando o vídeo em suas redes sociais. A oposição denuncia uma possível escalada golpista e discute tomar providências contra o presidente. Há quem defenda, inclusive, a apresentação de um pedido de impeachment, por considerar que ele cometeu crime de responsabilidade. Outros, no entanto, preferem cautela por entender que o presidente ainda tem apoio popular.
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Bolsonaro alegou que tem o costume de compartilhar vídeos de cunho pessoal com amigos.
Tenho 35Mi de seguidores em minhas mídias sociais, c/ notícias não divulgadas por parte da imprensa tradicional. No Whatsapp, algumas dezenas de amigos onde trocamos mensagens de cunho pessoal. Qualquer ilação fora desse contexto são tentativas rasteiras de tumultuar a República.
— Jair M. Bolsonaro (@jairbolsonaro) February 26, 2020