A deputada Carla Zambelli (PL-SP) deu nova versão sobre o pedido do endereço residencial do ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), ao hacker Walter Delgatti. Inicialmente, Zambelli disse que não se lembrava do contexto do episódio. O pedido foi feito por áudios enviados por aplicativo de mensagem de celular.
Em entrevista ao Blog da Andréia Sadi, no G1, Zambelli declarou que solicitou o endereço funcional de Moraes a pedido de sua mãe, que queria escrever uma carta para “sensibilizar” o ministro, que é relator das investigações que envolvem a deputada.
“Minha mãe tinha escrito uma carta para o Alexandre de Moraes e queria entregar essa carta. Eu disse para não mandarmos para o STF para evitar pegar mal, e ela disse que o certo era enviar para a casa dele”, alegou. “Acabamos não mandando essa carta. Ela que me lembrou [do episódio], eu não lembrava disso. Esse foi o motivo [da conversa com Delgatti]”, afirmou.
Zambelli sustenta que contratou o hacker para cuidar de suas redes sociais e de seu site e que ele enviou espontaneamente para ela uma lista de endereços de várias autoridades, incluindo o da casa de Moraes em São Paulo. Ela, então, pediu o endereço dele em Brasília.
Os dois áudios de Zambelli foram encaminhados por Delgatti a um amigo em novembro do ano passado. “Ô Walter, não aparece nenhum endereço de Brasília, né? Precisava do endereço daqui de Brasília”, diz a deputada na primeira mensagem. “Não, não pode ser, porque quadra é prédio, e ele deve morar numa casa no Lago Sul, alguma coisa assim. Deve ser coisa do STF. Isso provavelmente deve estar nos arquivos do STF como casa… casa tipo… funcional, entendeu?”, acrescentou.
O hacker, que está preso desde agosto, contou à PF e à CPMI dos Atos Golpistas que foi contratado pela deputada para participar de ataques a Moraes e ao sistema judiciário e para tentar invadir as urnas eletrônicas, com o objetivo de descredibilizar o processo eleitoral.
Em nota divulgada na segunda-feira, Zambelli havia negado ter feito o pedido.
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