O senador Alessandro Vieira (Cidadania-SE) protocolou nesta segunda-feira (5), o pedido de abertura de uma Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) no Senado para apurar suposto envolvimento do presidente Jair Bolsonaro em um esquema de corrupção de verba parlamentar referente à época em que era deputado federal do Rio de Janeiro. Denominada por Vieira de CPI da Rachadinha, ela precisa da assinatura de apoio de 27 parlamentares.
A decisão foi tomada depois da divulgação de áudios pela jornalista Juliana Dal Piva, do UOL, que revelam que o presidente Jair Bolsonaro participou diretamente de um esquema ilegal de rachadinha na época em que foi deputado, isto é, entre 1991 e 2018. As gravações constam nos autos da investigação conduzida pelo Ministério Público do Rio de Janeiro (MPRJ) sobre a mesma prática no gabinete do então vereador Flávio Bolsonaro (Patriota-RJ), hoje senador.
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Em um dos áudios a fisiculturista e ex-cunhada de Bolsonaro, Andrea Siqueira Valle, diz que “Jair” demitiu o irmão dela, André, porque ele não entregava a maior parte do seu salário de assessor ao então deputado federal.
O senador afirma que dada a gravidade dos fatos, faz-se necessária uma apuração sobre o caso. “Ninguém está acima da lei. Os fatos narrados são graves e exigem apuração imediata”, diz Vieira.
O relator da CPI da Covid em trânsito na Casa, senador Renan Calheiros (MDB-AL), afirmou que também vai pedir a convocação da ex-cunhada à comissão.
Leia a íntegra:
> Defesa de Flávio nega rachadinha e diz que áudios são “clandestinos”
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