A última atualização da plataforma Radar do Congresso, ferramenta do Congresso em Foco que monitora o grau de entrega de votos de parlamentares ao governo, revelou uma contradição entre os votos do União Brasil, partido que compõe a base do, e os do PSDB e Podemos, que, mesmo adotando posição independente, apresentam maior aderência às orientações governistas.
O União Brasil compõe o governo desde a posse do presidente Lula, que entregou ao partido os ministérios do Turismo e Comunicações. A sigla também foi responsável pela indicação do pedetista Waldez Góes, que controla a pasta de Integração e Desenvolvimento Regional. Ainda assim, passou todo o ano entregando, proporcionalmente, menos votos do que partidos de fora da base.
Um levantamento anterior, com dados de 15 de agosto, revelou que, mesmo quando o PP e Republicanos não possuíam ministérios, os dois partidos já apresentavam maior grau de aderência à pauta governista na Câmara. Fora da base, os dois partidos alcançavam, respectivamente, 65% e 71% de governismo, contra 62% do União. Após a reestruturação da Esplanada dos Ministérios para aumento na base de deputados, os três partidos aumentaram sua adesão, que agora é de 74%, 77% e 69%, respectivamente.
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Mesmo após a reforma, o partido presidido por Luciano Bivar (União-PE) segue menos governista do que outros declarados independentes. O PSDB, rival histórico do PT de Lula, convergiu com o governo em 74% de suas votações na Câmara. O Podemos, que possui relação próxima com a bancada tucana e também não compõe a base, segue com 84% de governismo, superando a adesão dos recém-chegados aos ministérios.
No Senado, a situação é ligeiramente diferente. O União Brasil apresenta um índice de governismo de 68%, mas esse percentual supera tanto o do PP quanto o do Republicanos, que alcançam respectivamente 59% e 57%. O Podemos também segue abaixo, com 63% de aderência. O PSDB, porém, acompanhou o governo em 73% das votações.
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