A relatora da CPMI dos Atos Golpistas, a senadora Eliziane Gama (PSD-MA) descartou pedir segurança do Senado por ter receio em torno dos trabalhos como relatora frente à CPMI dos Atos Golpistas. O conselho para que ela pedisse apoio da Polícia Legislativa veio de assessores, mas foi descartado pela senadora.
Eliziane Gama está em seu primeiro mandato, e não faz uso de segurança legislativa, de acordo com a equipe de seu gabinete. Segundo os servidores, “a senadora entende que não há motivos, neste instante, que justifiquem reforço na segurança pessoal dela”, afirmaram os assessores. Caso mude de ideia, Eliziane pode fazer o pedido para o presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (PSD-MG).
Conhecida pelo estilo aguerrido, mas também conciliador, Eliziane se filiou ao PSD este ano sob as bênçãos do ministro da Justiça, Flávio Dino, seu conterrâneo e aliado politico. A senadora deixou para trás o Cidadania, partido que hesita entre apoiar e fazer oposição ao governo e pelo qual havia construído sua trajetória política.
Flávio Dino se tornou um dos principais alvos da oposição na CPI mista, formada por deputados e senadores, depois de ter enfrentado os atos golpistas que deixaram depredados os prédios do Palácio do Planalto, do Congresso Nacional e do Supremo Tribunal Federal (STF) e escancararam a conivência de militares e outras autoridades com as ações antidemocráticas.
Após ouvir críticas da oposição na primeira reunião da CPI mista, Eliziane usou do microfone para dizer que não aceitará ser intimidada. “Estou aqui para ter responsabilidade pública com o mandato que o estado do Maranhão me mandou para cá.
Meu papel como relatora vai ocorrer, minha posição vai ocorrer. No Maranhão a gente chama algumas pessoas de rapadura. Posso até ser doce, mas sei ser dura também”, afirmou.
A senadora se posicionou contra os atos golpistas desde o primeiro momento. Ela é autora de um projeto que institui “Dia Nacional da Resistência Democrática” em 8 de janeiro. Segundo ela, a ideia era fazer com que a data pudesse “ser lembrada pelas atuais e futuras gerações que o povo brasileiro cultua, sempre, o ideal da liberdade”.
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