O senador Randolfe Rodrigues (Rede-AP) pediu que o Ministério Público Federal (MPF) abra um inquérito para investigar as agressões verbais feitas pelo presidente Jair Bolsonaro a jornalistas, assim como as agressões da equipe de segurança presidencial contra os profissionais que cobrem a reunião do G20, em Roma. As intimidações que os jornalistas teriam sofrido, segundo o senador, seriam um sinal de “repressão e opressão”
Com isso, Bolsonaro estaria cometendo, em solo italiano, três crimes: ameaça, constrangimento ilegal e lesão corporal.
Veja a íntegra da representação:
“Temos justamente o oposto do que se poderia esperar da autoridade máxima da República”, justificou o senador aos procuradores. “Em vez de proteger e estimular o trabalho jornalístico, prefere dele escarnecer ou agredir os seus profissionais, visando cercear a sua atuação.”
As agressões ocorreram neste domingo (31), após o final da reunião de cúpula dos líderes globais. Bolsonaro teria ameaçado e agredido verbalmente repórteres do UOL e do jornal Folha de S. Paulo, que também teriam sido agredidos fisicamente pela equipe do Gabinete de Segurança Institucional (GSI), que são responsáveis pela segurança presidencial. Bolsonaro estava em frente à embaixada do Brasil na capital italiana, e nesta segunda-feira (1) seguiu para o norte da Itália, onde recebeu o título de cidadão honorário na cidade de Anguillara Veneta.
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O senador amapaense ainda reclama que a ação pode influenciar outros atos violentos. “Não se deve ignorar o fato de que, dada a sua posição, o Presidente da República tem um potencial de incentivo muito grande. Isso é, qualquer cidadão que apoie pretensões autoritárias pode se sentir convidado a externalizar, inclusive de modo violento, o seu ímpeto antidemocrático”, disse. Agora, caberá ao MPF indicar se abrirá a investigação.
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