Parlamentares de partidos de esquerda e centro-esquerda largaram na frente na disputa pelo prêmio mais importante da política brasileira. É o que mostra a primeira parcial da votação do Prêmio Congresso em Foco 2023, divulgada nesta terça-feira (8). Ao todo, mais de 178 mil votos foram validados apenas nas primeiras 24 horas de votação.
De acordo com o boletim divulgado nesta tarde, dois parlamentares LGBTQIA+ estão na primeira colocação nas duas casas. Erika Hilton (Psol-SP), Sâmia Bomfim (Psol-SP), Guilherme Boulos (Psol-SP), Jandira Feghali (PCdoB-RJ) e Duda Salabert (PDT-MG) lideram na categoria “Melhores na Câmara”. Erika e Duda são as primeiras parlamentares federais transexuais do país. Já Fabiano Contarato (PT-ES), Randolfe Rodrigues (sem partido-AP), Humberto Costa (PT-PE), Paulo Paim (PT-RS) e Teresa Leitão (PT-PE) encabeçam a corrida pelo prêmio na categoria “Melhores no Senado”. Contarato é o primeiro senador a se autodeclarar homossexual.
VEJA A PRIMEIRA PARCIAL DA VOTAÇÃO
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Além do público, também definirão os vencedores da 16ª edição do prêmio um júri especializado e um grupo de jornalistas que acompanham o Congresso. O resultado final será conhecido no dia 21 de setembro. Serão premiados os 25 deputados e os 15 senadores mais votados. A votação prossegue até o próximo dia 31.
A maior novidade da premiação neste ano é que, ao votar nos “Melhores da Câmara” e nos “Melhores do Senado”, o público também estará escolhendo os parlamentares que serão distinguidos regionalmente. Nesse caso, serão premiados os cinco senadores e os cinco deputados mais votados em cada uma das cinco regiões do país (Norte, Nordeste, Sul, Sudeste e Centro-Oeste).
O júri ainda indicará os melhores em duas categorias especiais: Defesa da Educação, promovida pelo Todos pela Educação, e Clima e Sustentabilidade, apoiada pelo Instituto Democracia e Sustentabilidade (IDS). Disputam tais categorias apenas congressistas que demonstraram, ao longo do ano, maior envolvimento com as pautas educacional e socioambiental. Neste ano, pela primeira vez, apenas o júri especializado votará nas categorias especiais. Para isso, foram analisadas questões como atuação em comissões, frentes parlamentares e grupos de discussão voltados a essas causas; posicionamento em votações; formulação de propostas; e participação em debates sobre o assunto.
Lista dos parlamentares aptos a disputar o prêmio
Conforme as regras, podem concorrer deputados e senadores que tenham exercido o mandato por ao menos 60 dias durante o corrente ano; não respondam a processos de improbidade administrativa nem a acusações criminais perante o Judiciário; e “não tenham feito, por meio de atos e declarações, apologia da tortura, da violência ou de outras práticas em flagrante confronto com o Estado Democrático de Direito e o respeito aos direitos humanos”. A relação foi elaborada após exaustivo levantamento realizado pela equipe do Congresso em Foco em todos os tribunais do país.
A votação na internet é auditada pela Associação Nacional dos Peritos Criminais Federais (APCF), parceira há várias edições do prêmio.
As imagens mais marcantes do Prêmio em 2022
Criado em 2006, o prêmio é uma iniciativa do Congresso em Foco que tem como finalidade distinguir os melhores parlamentares do Congresso Nacional e estimular a cidadania a acompanhar seus representantes de modo ativo, assim como a participar plenamente da vida política.
Em defesa do Poder Legislativo, a premiação valoriza os exemplos positivos, de modo a incentivar parlamentares federais a cumprir o seu papel e, ao mesmo tempo, sinalizar ao eleitorado que melhorar a qualidade da nossa representação política é possível.
No ano passado, o prêmio impactou mais de 16 milhões de pessoas. Ou seja, chegou ao conhecimento de um número superior à população de países como Bélgica, Bolívia, Cuba, Grécia, Portugal e Suécia.
Entao pelas regras nem um candidato da esquerda deve participar nem deputados nem senadores certo ou estou errado.