O PT avalia apoiar Davi Alcolumbre (DEM-AP) para mais um mandato de dois anos no comando do Senado Federal. O Congresso em Foco ouviu senadores da legenda e o sentimento é de esperar um desfecho sobre a possibilidade de reeleição dentro da mesma legislatura e, caso isso aconteça, apoiar o amapaense.
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Um importante senador do partido disse, sob a condição de anonimato, que pretende apoiar a manutenção de Davi Alcolumbre na presidência do Senado.
“Nesse momento a gente não tem uma posição partidária, precisa saber se ele é candidato. Agora eu particularmente, eu, eu, eu, se ele for candidato terá meu voto, mas isso é pessoal, a bancada vai ter que ver ainda.”
O senador Humberto Costa (PT-PE) também manifestou apoio a recondução de Davi Alcolumbre. Para ele, que liderou o partido em 2019, quando o PT resolveu apoiar Renan Calheiros (MDB-AL) para o comando do Senado, o senador do DEM do Amapá tem conseguido garantir a independência da Casa Legislativa.
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O petista ressaltou que o apoio a Davi é uma opinião individual e que o assunto ainda não foi definido pelo PT no Senado. “Não discutimos ainda. Temos uma simpatia pelo nome do Davi, mas não está nada definido. Primeiro tem que ver se é possível ou não a reeleição e depois vamos tomar um posicionamento”, disse ao Congresso em Foco.
Publicidade“Ele tem, com todas as suas limitações, garantido a questão da independência, da autonomia do Congresso Nacional. Não temos uma posição firmada sobre isso, vamos decidir, estou externando uma opinião meramente pessoal”, declarou.
A bancada do PT tem seis senadores. Entre as siglas que devem apoiar a reeleição de Davi estão DEM, Republicanos, PP, PL e PDT. O MDB hoje se coloca como apoiador de uma recondução do presidente, porém três nomes da sigla já são aventados caso a candidatura de Davi não se efetive: Eduardo Gomes (MDB-TO), Eduardo Braga (MDB-AM) e Simone Tebet (MDB-MS).
O governo tem demonstrado simpatia pela recondução de Davi e um apoio a sua reeleição já foi externado pelo senador Flávio Bolsonaro (Republicanos-RJ), filho mais velho do presidente Jair Bolsonaro, em entrevista ao jornal O Globo publicada no início de agosto.
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Na segunda-feira (21), a Procuradoria-Geral da República (PGR) se manifestou no âmbito da ação do PTB que questiona no Supremo Tribunal Federal a reeleição das mesas diretoras em uma mesma legislatura. O procurador-geral da República, Augusto Aras, sustentou que a decisão sobre a recondução dos presidentes da Câmara e do Senado é um assunto interno do Congresso Nacional, ou seja, não caberia uma decisão do Supremo.
Para o senador Alessandro Vieira (Cidadania-SE), o parecer “confunde alhos com bugalhos”. “Trata-se de vedação expressa, que só pode ser alterada por Emenda Constitucional, respeitado o devido processo legal. Tentar fugir dessa expressa vedação constitucional usando dos velhos truques da interpretação regimental não é apenas uma aberração jurídica, mas sim o equivalente a tratar todos os brasileiros, em especial senadores e senadoras, aí sim, como tolos ou ignorantes”, considerou.
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