O líder do governo no Senado, Fernando Bezerra Coelho (MDB-PE), disse ao Congresso em Foco que a votação dos projetos de lei do Congresso Nacional (PLNs) que regulamentam o orçamento impositivo devem ficar para a quarta-feira (11). Há uma sessão do Congresso Nacional marcada para esta terça-feira (10), mas ela não deve conseguir analisar os projetos.
“Temos que votar nove vetos antes dos PLNs. Mais provável ficar para amanhã”, disse Bezerra. Os PLNs foram enviados na semana passada pelo governo federal como parte de um entendimento sobre a disputa por R$ 30 bilhões de emendas de relator do orçamento de 2020.
As informações deste texto foram publicadas antes no Congresso em Foco Premium, serviço exclusivo de informações sobre política e economia do Congresso em Foco. Para assinar, entre em contato com comercial@congressoemfoco.com.br.
Leia também
Na última quarta-feira (4), deputados e senadores aprovaram o veto de Jair Bolsonaro e tiraram das mãos do deputado Domingos Neto (PSD-CE) o controle da quantia. Os PLNs dividem meio a meio os R$ 30 bilhões entre governo e Congresso.
Apesar disso, na segunda-feira (9) o presidente Jair Bolsonaro pediu que os projetos que regulamentam a divisão não sejam votados e que, se a análise não ocorrer, as manifestações marcadas para o dia 15 podem não acontecer .
Um dos líderes do Muda, Senado e contrário ao aumento do poder do Congresso no orçamento, o senador Álvaro Dias (Podemos-PR) minimizou a declaração de Bolsonaro:
Publicidade“Ocorre que já estamos acostumados. Quase sempre o presidente diz uma coisa para a plateia e pede para seus apoiadores no Congresso fazerem outra. Portanto para nós o que ele fala é indiferente”.
Partidos como MDB, DEM e PSDB já indicaram que devem apoiar a aprovação do PLNs. O senador paranaense não esconde a dificuldade de barrar os projetos, mas adota tom otimista: “teremos dificuldades, mas confiamos no bom senso da maioria”.
O líder da oposição no Senado, Radolfe Rodrigues (Rede-AP), disse que a oposição vai orientar o voto contrário aos projetos que regulamentam os R$15 bilhões do orçamento para o Congresso. De acordo com o senador da Rede, a oposição na Câmara dos Deputados deve fechar a mesma orientação.
> PSDB e MDB disputam controle de orçamento impositivo de 2021