A CPMI dos atos antidemocráticos de 8 de janeiro suspendeu temporariamente a reunião desta terça-feira (20), destinada a ouvir o depoimento de Silvinei Vasques, antigo diretor da Polícia Rodoviária Federal (PRF) na gestão de Jair Bolsonaro, investigado sob suspeita de uso político da força de segurança em favor do ex-presidente durante as eleições de 2022. A suspensão se deu à pedido do presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (PSD-MG).
“O presidente Rodrigo Pacheco solicitou que fosse suspenso o trabalho da CPMI durante a ordem do dia no Senado. Entretanto, a expectativa é que em 40 minutos termine a ordem do dia do Senado”, contou o presidente da CPMI, Arthur Oliveira Maia (União-BA).
A suspensão chegou em um momento crítico no depoimento. A relatora, Eliziane Gama (PSD-MA), havia acusado Vasques de, no início da reunião, mentir em suas respostas, contradizendo-se quando questionado sobre os processos disciplinares enfrentados por ele dentro da corporação. Ela reivindicava o direito a uma resposta coerente, tendo em vista que mentiras em uma CPMI configuram o crime de perjúrio.
Arthur Maia considera a questão pacificada. “Ele não está mentindo. A pessoa pode falar em uma questão e retificar a resposta, eu sou uma pessoa que sempre acredita e tenho boa-fé em relação a todos. A relatora realmente fez uma pergunta em relação a ele sobre se ele tinha processos administrativos. Ele respondeu como se fossem novos processos, depois retificou e entendeu que não era o caso. Enfim, isso não é motivo para indiciar uma pessoa”.
No Senado, apenas dois itens ocupam a pauta do Plenário. Concluída as duas votações, os senadores e deputados da CPMI retornam à reunião para continuar o depoimento.
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