O presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (PSD-MG), disse nesta terça-feira (24) que está alinhado com o governo Lula na pauta econômica. Ele afirmou ter tido reuniões com os ministros Fernando Haddad, da Fazenda, e Alexandre Padilha, de Relações Institucionais, na segunda-feira (23) sobre o tema.
“Nós estamos muito alinhados nesse compromisso de evoluir a pauta econômica do Brasil. Eu considero essa a maior prioridade nacional nesse instante, que é de garantir uma economia de geração de emprego, de contenção da inflação, de redução da taxa de juros, de aumento e crescimento da economia do Brasil”, disse Pacheco a jornalistas.
Pacheco disse que o projeto de taxação de super-ricos, que inclui offshore e fundos exclusivos, será tratado como prioritário ao chegar no Senado. Segundo ele, os senadores terão o “senso de importância” das medidas para o Brasil.
A taxação de offshores e de fundos exclusivos travou na Câmara nos últimos dias. Depois de uma tentativa de votação no dia 17, os líderes partidários adiaram a análise. O acordo seria voltar ao tema com o retorno da viagem de Arthur Lira (PP-AL), que foi para a Índia e China. No entanto, a votação foi adiada novamente nesta terça-feira (24) por falta de acordo entre os deputados.
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Reforma tributária
A fala de Pacheco sobre a pauta econômica vem em um momento em que a Casa Alta avalia a reforma tributária. O texto do relator, Eduardo Braga (MDB-AM), deve ser entregue ainda na noite desta terça-feira (24) para líderes partidários e para o presidente da Comissão de Constituição e Justiça (CCJ), Davi Alcolumbre (União Brasil-PA).
Segundo Pacheco, ele conversou com Haddad sobre o Fundo de Desenvolvimento Regional, da tributária. Haddad teria aceitado aumentar os recursos do fundo. O presidente, no entanto, não quis informar qual é a nova cifra.
De acordo com o texto da Proposta de Emenda à Constituição, o valor do Fundo Regional é de R$ 40 bilhões. Estados e municípios queriam R$ 75 bilhões. A expectativa atual é de um meio termo entre as duas propostas.
“Seria muito bom fortalecer esse fundo, porque seria fortalecer o federalismo no Brasil”, disse Pacheco. “O quanto vai ser eu não sei, pode haver alguma modificação de critérios”.
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