Eleita a melhor da Câmara por votação do público no Prêmio Congresso em Foco, a deputada Erika Hilton (Psol-SP) ressaltou em seu discurso as dificuldades que enfrenta no Congresso. Segundo a parlamentar, o reconhecimento é um combustível para as “batalhas duras e solitárias” travadas na Câmara.
“A nossa chegada ainda é tão difícil. O Congresso Nacional ainda não suporta, não tolera a chegada da diversidade, da dissidência. A chegada daqueles e daquelas que sempre estiveram do lado de fora e que agora entram pela porta da frente, de cabeça erguida, dizendo: ‘Nós mulheres negras, nós pessoas LGBTs, nós travestis e transexuais temos um projeto de poder para este país”, disse Erika.
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A deputada também afirmou estar feliz pelo reconhecimento, a despeito dos preconceitos tão presentes no país contra pessoas LGBTQIA+. “Fico feliz de mesmo vivendo em um país tão odioso e que enxerga a minha identidade, o meu corpo e a minha vida como menos importante, nós estamos abrindo espaços com as próprias mãos”.
Erika Hilton ainda reforçou que o apoio à luta de grupos minorizados na Câmara dos Deputados é fundamental para construir um país mais plural e democrático. “Viva a luta das mulheres negras, das mulheres trans, travestis, da comunidade LGBTQIA+ e de todo povo que acredita que só lutando nós conseguiremos uma sociedade melhor. Seguimos lutando naquele espaço pela reconstrução de um país melhor”, concluiu a deputada.
Além de melhor deputada pelo público, a parlamentar também venceu outras categorias no Prêmio Congresso em Foco, que aconteceu na última quinta-feira (29). Erika foi considerada a melhor deputada da região Sudeste pela votação do público, destaque na categoria de Cidades Inteligentes e foi mencionada como uma das melhores deputadas segundo votação de jornalistas especializados na cobertura do Congresso.
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