O ex-deputado Alfredo Sirkis morreu nesta sexta-feira (10) em um acidente de carro, no estado do Rio de Janeiro, aos 69 anos. Ele estava sozinho no veículo, que bateu em um poste e capotou.
Sirkis teve uma longa trajetória de militância política, iniciada no movimento estudantil, que passou pelo combate à ditadura, inclusive com participação em sequestro que resultou na libertação de presos políticos. Viveu exilado na França, no Chile, na Argentina e em Portugal durante a ditadura.
Sirkis foi um dos fundadores do Partido Verde e era colunista do Congresso em Foco. Foi Coordenador Executivo do Fórum Brasileiro de Mudança do Clima (FBMC), tendo organizado a campanha Ratifica Já! Quando deputado federal (2011-2015), presidiu a Comissão Mista de Mudança do Clima do Congresso Nacional (CMMC) e foi um dos vice-presidentes da Comissão de Relações Exteriores e Defesa Nacional da Câmara dos Deputados.
Também atuou como vereador em quatro mandatos, secretário municipal de urbanismo e presidente do Instituto Municipal de Urbanismo Pereira Passos (IPP), entre 2001 e 2006 e secretário municipal de meio ambiente, entre 1993 e 1996, na cidade do Rio de Janeiro.
Jornalista, roteirista, gestor ambiental e escritor, Sirkis lançou no último dia 25 de junho o livro Descarbonário, uma obra com características autobiográficas concluída 40 anos depois do clássico Os Carbonários, vencedor do Prêmio Jabuti de 1981.
No início do mês, o ex-parlamentar escreveu seu último artigo para o Congresso em Foco, em que descreveu um episódio com Jair Bolsonaro, no qual o presidente, enquanto ainda era deputado, dizia que “o maior problema da humanidade é a superpopulação”. “Na época fiz uma piada. Hoje com a atitude negligente e acintosa dele em relação à pandemia de covid, deixou de ser engraçado”, disse.
Parlamentares e ambientalistas lamentaram a morte de Sirkis:
“Certamente ele ficará para a história brasileira como um dos mais importantes parlamentares legitimamente verdes que tivemos. Basta conhecer um pouco da biografia dele. Quando eu nasci ele já estava nas trincheiras contra a ditadura. Anos de lutas por democracia e meio ambiente. Lutas locais, regionais, nacionais e globais. Não era de afagar egos e por isso não era incensado por muitos. Mas muito consistente, coerente e combativo . Triste perda para o país. Nossos profundos sentimentos para todos os familiares e amigos mais próximos,” disse André Lima, advogado ambientalista.
O empresário, professor e ambientalista Ricardo Young disse ser “uma grande perda”. “Estou muito triste. Era um amigo de muitos anos”, comentou.
Que tragédia! Sirkis deu uma contribuição imensa pra boa política, pro meio ambiente, pro jornalismo e pra literatura. Uma grande perda! Meus sentimentos à sua família e aos seus amigos. Que se sintam abraçados neste momento tão difícil. https://t.co/JYYhDh0btp
— Alessandro Molon 🇧🇷 (@alessandromolon) July 10, 2020
A luta socioambiental perdeu hoje a tarde Alfredo Sirkis, morto em um acidente de automóvel no RJ
Aos familiares, amigxs, companheirxs de jornada, meu abraço e solidariedade. @partidoverde @pvrjoficial @REDESUSTENTAB @Alfredosirkis pic.twitter.com/7EiACbumPy— Nilto Tatto (@NiltoTatto) July 10, 2020
Lamento muito o falecimento do ex-deputado Alfredo Syrkis, vítima de um acidente de carro. Foi meu colega na @camaradeputados e um importante quadro político do ambientalismo brasileiro. Ficou muitos anos no @partidoverde e foi candidato à Presidência em 1998.
— Reginaldo Lopes 🇧🇷 (@ReginaldoLopes) July 10, 2020
Estarrecida com a morte precoce de Sirkis num acidente de carro em Nova Iguaçu!!! Foi meu colega na Câmara e de diferentes lutas políticas no Rio. Cruzávamos ideias, um defensor ferrenho do Meio Ambiente. Minha total solidariedade à família e aos seus amigos.
— Jandira Feghali 🇧🇷🚩 (@jandira_feghali) July 10, 2020
Meu abraço solidário a família do meu colega Sirkis. Sua luta em defesa do meio ambiente deixou importantes lições. pic.twitter.com/q2vNFkxSrD
— Manuela (@ManuelaDavila) July 10, 2020
Sirkis era casado há 25 anos com a arquiteta, curadora, cenógrafa e editora Ana Borelli. Ele deixa os filhos Guilherme, Noah e Anna. Não tinha netos.
Que ironia do destino, não?
Da fase terrorista do cara ninguem fala né!…è fácil jogar a sujeira prá debaixo do tapete, se fosse alguem rotulado de ser de direita,estavam todas essas personalidades mudinhas.A morte de qualquer pessoa fora da sua hora é lamentável, mas o endeusamento pós morte também é lamentável!
Eu vou falar com o Zé dá Obreu, Cantano Meloso, Zolberto Zel, Felipe Neto irem fazer uma visita ao Gantois
Parecia tão bem de saúde quando desejou boa sorte ao corona nesta semana ao saber do resultado positivo do presidente. Deus nunca falha. “Ai daquele que tocar nos meus escolhidos.”
Aconselho a esquerda a se benzer.