O deputado Luis Miranda (DEM-DF) disse nesta quinta-feira (29) que o resultado da auditoria aberta pela Controladoria Geral da União (CGU) para apurar irregularidades no contrato de compra da vacina indiana Covaxin “mancha radicalmente a imagem da CGU”. O levantamento apresentado pelo ministro Wagner Rosário não detectou irregularidades no preço, nem nos prazos do acordo. Ainda assim, o chefe da Saúde, Marcelo Queiroga, anunciou que o contrato será cancelado.
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Em entrevista ao Derrete Cast, podcast do MBL, o deputado respondeu questionamento da repórter Ana Krüger, do Congresso em Foco, sobre a conclusão da Controladoria. “Vale lembrar que estamos falando de um aliado do Bolsonaro. É mais uma tentativa de desconstruir a testemunha ao invés de tentar investigar o caso. Sinto muito, mancha radicalmente a imagem da CGU. É um tapa na cara da sociedade. Você tem a indústria dizendo que a Precisa, que é a empresa que levamos ao presidente, falsificou documentos e isso é gravíssimo”, disse.
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O deputado respondeu ainda ao comentário feito pelo ministro nesta quinta-feira (29) de que não parabenizaria seu irmão, Luis Ricardo, servidor do Ministério da Saúde, e que os caminhos usados por eles para denunciar as suspeitas estavam errados. “O canal de denúncias não é procurar irmão, presidente, é o ‘Fala Brasil’, o canal interno”, disse o chefe da CGU.
“Meu irmão usou o canal certo de denúncia. Você cidadão que votou em um deputado federal e um senador, ele tem obrigação de fiscalizar o Executivo. Porque ele tem prerrogativas legais, com requerimento de informação ele pega o processo inteiro e consegue analisar, ele tem verba de gabinete onde tem vários funcionários que estão lá para isso, para proteger o erário, a população. Erra o ministro quando fala que um servidor público não pode procurar um deputado para fazer uma denúncia sabendo que o parlamentar tem a obrigação de fazer”, rebateu o deputado.
PublicidadeAs denúncias de irregularidades nas negociações da Covaxin são apuradas pela CPI da Covid e partiram dos irmãos Miranda. A auditoria da CGU confirmou que houve adulteração em ao menos dois documentos apresentados ao Ministério da Saúde pela Precisa. A inidoneidade foi confirmada pela Bharat Biotech ao anunciar a rescisão da parceria com a brasileira. Agora, afirmou Wagner Rosário, as investigações buscam identificar os responsáveis pela adulteração.
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