A Câmara dos Deputados encerrou a votação para o cargo de primeiro vice-presidente, com a vitória do deputado Lincoln Portela (PL-MG), candidato oficial do PL. Portela assume após a saída de Marcelo Ramos (PSD-MG), destituído pelo presidente Arthur Lira (PP-AL) por conta de sua mudança de partido, em novembro de 2021, em resposta à entrada de Jair Bolsonaro no PL.
Portela venceu com 232 votos. Em segundo lugar ficou a deputada Flávia Arruda (PL-DF), com 83 votos. Também foi eleito o deputado Odair Cunha (PT-MG) para o cargo de segundo secretário, e Geovania de Sá (PSDB-SC) para o cargo de terceira secretária. Com a eleição, o governo passa a ter aliados próximos ocupando os dois postos mais importantes da Casa.
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Em seu primeiro pronunciamento no cargo, Portela anunciou que não pretende dar preferência a nenhum lado. “Quando eu me torno vice-presidente dessa casa, eu me torno vice-presidente de todos. Tanto da situação quanto da oposição”. Em seu perfil no Twitter, por outro lado, anunciou antes das eleições que “se eleito, seguirei na base do Governo, onde sempre estive, e, na mesa diretora, com respeito pleno e indistinto aos parlamentares e a democracia”
O resultado foi comemorado pelo líder da Frente Parlamentar Evangélica, Sóstenes Cavalcante (PL-RJ), principal aliado de Portela. Em seu discurso, acenou para os demais concorrentes. “Ninguém de nosso partido é vitorioso ou derrotado. A verdade é que hoje o PL é o maior partido da Câmara dos Deputados, e sairá das próximas eleições o maior partido do Brasil, e cada um dos senhores deputados que disputaram essa vaga hoje fazem parte dessa história”.
Apesar de vencer na disputa interna no PL para a candidatura, e de fazer parte do governo, Lincoln Portela não foi a primeira escolha de Jair Bolsonaro. A preferência do presidente era pelo deputado Vitor Hugo (PL-GO). Sóstenes nega a preferência ao militar da reserva. “O presidente da República é do nosso partido. O deputado Lincoln Portela sempre foi aliado do presidente”, afirmou.
O ex-vice presidente Marcelo Ramos também se pronunciou. “Se meu coração já estava tranquilo por ter tomado a decisão certa, (…) de seguir independente para defender os interesses maiores da minha gente, meu coração renova essa tranquilidade ao vê-lo sentado nessa cadeira”, declarou.
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