A ida do ex-ministro Ricardo Lewandowski para o Ministério da Justiça foi recebida com bons olhos por parte do Congresso. Sua cerimônia de posse contou com congressistas governistas e oposicionistas. A nova gestão, no entanto, terá que aumentar o diálogo com o Legislativo, segundo a senadora Leila Barros (PDT-DF).
“O ministro Lewandowski vai precisar atuar, vai precisar dialogar com o Congresso para ajudar o governo”, disse Leila ao Congresso em Foco. “Ele tem total [abertura com o Congresso para dialogar]”.
A senadora considera que o novo ministro da Justiça terá que ter “jogo de cintura” na relação com o Congresso, mas que tem tudo para ter uma boa gestão. Esse diálogo pode ser facilitado pelo fato de que Lewandowski já teve proximidade com congressistas durante seu período como ministro do Supremo Tribunal Federal (STF).
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Lewandowski foi o ministro responsável por supervisionar o impeachment da ex-presidente Dilma Rousseff (PT). O então ministro do Supremo foi o presidente da sessão que julgou Dilma no Senado. Com sua concordância, a ex-presidente conseguiu manter seus direitos políticos apesar do afastamento da Presidência da República.
Também teve certa proximidade com o atual presidente do Congresso, senador Rodrigo Pacheco (PSD-MG), ao chefiar uma comissão de juristas para a atualização da Lei do Impeachment. O colegiado funcionou dentro do Senado e, depois de conclusos os trabalhos, Pacheco assinou um projeto de lei seguindo as recomendações da equipe liderada por Lewandowski.
Entre as áreas que o Ministério da Justiça deve precisar diálogo com os congressistas está as investigações realizadas pela Polícia Federal sobre o 8 de Janeiro e os ataques à democracia.
“A gente sabe que nós temos uma democracia que é jovem e os atos do 8 de Janeiro ainda estão na nossa memória”, disse Leila. “Mas acredito nas instituições para ter diálogo e avançarmos no tema”.
Ações da Polícia Federal elevaram a tensão entre o Poder Judiciário e congressistas da oposição nas últimas semanas. Senadores indicaram ver ação política na corporação, que está sob o guarda-chuva do Ministério da Justiça, agora comandado por Lewandowski.
Em 18 de janeiro, o líder da Oposição na Câmara, Carlos Jordy (PL-RJ), foi alvo de uma operação da PF que investiga os planejadores e financiadores da tentativa de golpe em 8 de Janeiro. Já na última quinta-feira (25), o deputado Alexandre Ramagem (PL-RJ) foi alvo de busca e apreensão na operação que investiga espionagem ilegal na Agência Brasileira de Inteligência (Abin).
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E do Facismo disfarçado de democracia,que tomou conta do do PAÍS com a chancela do Supremo ..