O indicado do presidente Lula para chefiar o Banco Central (BC), Gabriel Galípolo, iniciou as tradicionais visitas aos senadores. O apontado para suceder Roberto Campos Neto se encontrou com o presidente da Comissão de Assuntos Econômicos (CAE), Vanderlan Cardoso (PSD-GO), e com o líder do PSD, Otto Alencar (BA), nesta terça-feira (3). Para assumir o posto, Galípolo passará por uma sabatina no colegiado, depois deve ter o nome confirmado pelos senadores.
Galípolo iniciou as visitas na última segunda-feira (2), dia tradicionalmente esvaziado no Congresso. Beto Faro (PT-PA), Teresa Leitão (PT-PE) e o líder do governo no Senado, Jaques Wagner (PT-BA) foram alguns dos senadores que receberam o indicado. Segundo Vanderlan, o comunicado do Executivo que trata da sucessão no BC chegou à presidência do Senado, mas ainda não chegou na CAE . O senador afirmou que a sabatina não ocorrerá na próxima terça-feira (10).
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Em nota, Vanderlan detalhou que o encontro durou cerca de uma hora e “faz parte do processo de diálogo com os líderes e membros da CAE para definir a data da sabatina”. O senador prevê que a análise da indicação ocorra no dia 17 de setembro ou após as eleições municipais. Entretanto, uma reunião com o presidente da Casa, Rodrigo Pacheco (PSD-MG), deve definir a data.
Senado apoia indicação
Dois senadores estão sendo estudados para assumir a relatoria: Ângelo Coronel (PSD-BA) e Jaques Wagner, que, de acordo com apuração do Congresso em Foco, é o provável relator. “Ele foi absolutamente bem recebido, portanto não tem nenhuma dificuldade no nome dele. Evidentemente, como a gente está num período pré-eleitoral não é fácil você conseguir conquistar presenças aqui”, disse o líder do governo.
Jaques afirmou que Pacheco e o presidente da Comissão de Constituição e Justiça (CCJ), Davi Alcolumbre (União-AP), “gostam do nome”. “Eu não encontrei ninguém que não gostasse do nome, então não tem nenhuma preocupação. O mercado gostou do nome. A única coisa que a gente está querendo é fazer pelo menos na CAE. Se puder fazer no dia 10, ótimo. Se não fizer no dia 10, dificilmente será no dia 17, porque a mesma dificuldade do dia 10 tem no dia 17, que é trazer gente para cá. Tem que ser presencial, preciso de pelo menos 15 ou 16 (senadores) e não tem nem esse problema todo porque (a aprovação) é por maioria simples. Não tem nenhuma dificuldade esse negócio”, comentou.
“A única coisa que o governo quer é dar um sinal que isso está resolvido, já está resolvido. Eu acho que está no campo do improvabilíssimo qualquer problema. Porque, repito, o nome dele foi muito bem recebido por todos. A dificuldade é quórum no período pré-eleitoral”, pontuou Jaques.
A visita aos gabinetes é uma comum estratégia que indicados do presidente a diversos cargos usam para reunir apoio no Senado, que dá o aval aos apontados.
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