Após o primeiro turno das eleições municipais, o Senado retorna às atividades, nesta terça-feira (7), com a sabatina de Gabriel Galípolo, indicado pelo presidente Lula à presidência do Banco Central, às 10h, na Comissão de Assuntos Econômicos (CAE).
Na segunda (6), após encontro com o presidente, o ministro das Relações Institucionais, Alexandre Padilha, afirmou que a sabatina e aprovação do indicado no plenário é a “prioridade” da semana.
“Nós discutimos a retomada do Congresso e a pauta dessa retomada. Tratamos como prioridade a sabatina do novo presidente do Banco Central. O diálogo está sendo feito [com as bancadas], em especial com os senadores da CAE. A avaliação é muito positiva [sobre Galípolo à frente do BC]. Aprovada na comissão, vamos trabalhar para levar a indicação o mais rápido possível para o plenário”, disse Padilha, após a reunião no Planalto que contou com os líderes Jaques Wagner (PT-BA) e Randolfe Rodrigues (PT-AP).
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Ao anunciar a data da análise de Galípolo no plenário, o presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (PSD-MG), destacou, a “boa qualidade do indicado” e o papel desempenhado por ele nas discussões da reforma tributária. Jaques, relator da nomeação na Casa, apresentou na noite de segunda o parecer.
“O seu currículo revela o alto nível de qualificação profissional, a sua larga experiência em cargos públicos e a sua sólida formação acadêmica, com a devida capacitação em assuntos econômico-financeiros. Esta comissão fica, desta forma, em condições de deliberar sobre a indicação do senhor Gabriel Muricca Galípolo para ser conduzido ao cargo de presidente do Banco Central do Brasil”, afirma o senador no documento.
Galípolo, atual diretor de Política Monetária do BC, esteve envolvido na campanha de Lula à presidência e compôs a equipe da transição do governo. Formado em Ciências Econômicas e mestre em Economia Política pela Pontifícia Universidade Católica (PUC-SP), substituiu Roberto Campos Neto, atual presidente do BC, durante as férias, em julho. Breve secretário-executivo de Fernando Haddad no Ministério da Fazenda, o indicado é bem-visto entre parlamentares de oposição e pelo mercado.
A indicação precisa da aprovação da maioria dos votantes na CAE e no Plenário. Nos dois locais, a votação é secreta. Se aprovado no Senado, Galípolo comandará a instituição por quatro anos a partir de janeiro de 2025.
O Banco Central passou a ter autonomia com a Lei Complementar 179, de 2021 e, pelo texto, é uma autarquia de natureza especial, sem vinculação a ministério, de tutela ou de subordinação hierárquica, tendo autonomia técnica, operacional, administrativa e financeira. O presidente do BC é escolhido pelo presidente da República no meio de seu mandato, mas precisa ter o nome aprovado pelo Senado.
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