A futura ministra da Ciência e da Tecnologia, Luciana Santos (PCdoB-PE), disse, nesta quinta-feira (22), dia do anúncio de que comandará a pasta, que deve reajustar as bolsas de pesquisadores do Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq).
“Esse é um debate que a gente vai ter que fazer com todo o contexto dos recursos que vão estar disponíveis. A princípio, precisa fazer no mínimo o ajuste inflacionário”, disse Luciana.
A ministra usou como referência o ano de 2013, o último em que as bolsas foram reajustadas. No entanto, a comunista disse que não tem certeza se haverá recursos suficientes para reajustar de acordo com o índice de inflação do próximo ano.
“Esse [percentual de reajuste de bolsas] é um debate que a gente vai ter que fazer com todo o contexto dos recursos que vão estar disponíveis. A princípio é preciso fazer no mínimo um ajuste inflacionário. Esse é o parâmetro que a gente está utilizando”, completou Luciana.
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Atualmente, os bolsistas de pesquisa no Brasil, em sua maioria, estão vinculados às universidades públicas e comunitárias. Estudantes de graduação pesquisadores recebem R$ 400, enquanto os de mestrado R$ 1.500 mil. Já os de doutorado ficam com R$ 2.200 mensais. Em muitos casos, os estudantes não podem possuir vínculo empregatício e esses são os únicos recursos que recebem.
Sobre a ministra
Luciana Santos é a presidente nacional do PCdoB. Durante o processo de impeachment da presidente Dilma Rousseff (PT), ela foi uma das vozes mais atuantes na Câmara dos Deputados em defesa do mandato da petista. Luciana é natural do Recife, foi deputada estadual, deputada federal e atualmente é vice-governadora de Pernambuco.
A futura ministra chegou a ser candidata a vice-governadora nestas eleições na chapa do deputado federal Danilo Cabral (PSB-PE), mas o projeto não chegou a ir ao segundo turno em Pernambuco. Luciana também foi prefeita de Olinda, na região Metropolitana do Recife, em duas ocasiões.
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