- O senador Flávio Bolsonaro (PL-RJ) disse nesta quarta-feira que pode ser o próximo alvo da Polícia Federal (PF). Na segunda-feira (29) um dos irmãos do senador, vereador Carlos Bolsonaro (Republicanos-RJ), foi alvo da Operação Vigilância Aproximada, que apura a montagem de um esquema de espionagem ilegal por parte da Agência Brasileira de Inteligência (Abin) com o propósito de beneficiar filhos e aliados de Bolsonaro.
Flávio participou de uma reunião de integrantes da oposição no Senado com o presidente do Congresso, senador Rodrigo Pacheco (PSD-MG), sobre as ações da Polícia Federal.
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“Pelo modus operandi, serei o próximo [a ser alvo de busca e apreensão]. Sem sentido mais uma vez. Quero acreditar que se isso acontecer será feito com base em provas”, disse o senador.
PublicidadeFlávio disse ainda que ele não estava em casa com Carlos durante a operação da PF porque foi devolver o jet-ski que não era seu e que pegou para passear com os pai e os irmãos. “Eu faço questão de falar porque do jeito que as coisas estão hoje daqui a pouco tem uma busca e apreensão contra o senador Flávio Bolsonaro por causa de uma maluquice”, disse.
O portal Metrópoles divulgou nesta quarta-feira (31) que um dos jet-skis usados pela família naquela manhã não retornou à casa da família, segundo a PF. Segundo o portal, a PF investiga se a embarcação foi utilizada para transportar supostas provas.
Publicidade“Ninguém está escondendo provas, ninguém tem medo de ser investigado. Nós não queremos sacanagem, não queremos perseguição. Queremos normalidade e paz para trabalhar”, disse Flávio.
Operação da PF
PublicidadeA Operação Vigilância Aproximada apura um esquema de espionagem montado na Abin para monitorar, ilegalmente, autoridades públicas e cidadãos comuns. É uma continuação das investigações da Operação Última Milha, deflagrada em outubro do ano passado.
As ações ilegais utilizavam o equipamento First Mile, comprado pela Abin para o “monitoramento de dispositivos móveis, sem a necessidade de interferência e/ou ciência das operadoras de telefonia”. A operação era ilegal porque não contava com a autorização da Justiça e mirava objetivos políticos, segundo indica investigação da PF.
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