O deputado Chiquinho Brazão (sem partido-RJ) disse nesta terça-feira (26) que tinha uma “relação muito boa” com Marielle Franco quando foram colegas como vereadores no Rio de Janeiro. Chiquinho deu a declaração durante sua declaração de defesa na Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) da Câmara.
Segundo Chiquinho, o argumento da Polícia Federal de que a leitura de milicianos de que Marielle poderia atrapalhar negócios de grilagem de terra na zona oeste do Rio e de que isso teria influenciado nos assassinatos não é real. Para ele, o projeto em discussão na época era “simples demais” para se tomar essa dimensão.
“Eu, como vereador, com uma relação muito boa com a vereadora, a gente tinha um ótimo relacionamento, só tivemos uma vez um debate [sobre o projeto da grilagem]”, disse Chiquinho. “Um debate no qual eu debatia com a vereadora uma coisa simples. Não vejo esse elo gerando o que gerou para o mundo todo, pelo Brasil, pela simples discordância de pontos de vista”.
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A CCJ começou a análise da prisão de Chiquinho nesta terça-feira (26). Por regra, depois da leitura do parecer do relator do caso, Darci de Matos (PSD-SC), a defesa tinha o direito de falar. O advogado do deputado falou pela maior parte dos 20 minutos dado pela comissão. No fim, o parlamentar pediu a palavra.
Segundo Chiquinho, ele e Marielle discutiram somente uma vez como vereadores. Ele também disse que ambos já estiveram do mesmo lado em outros projetos analisado na Câmara Municipal do Rio de Janeiro quando foram colegas.
“Eu gostaria só que vocês pudessem analisar antes de tomar essa decisão, porque parece que cresce um ódio nessas pessoas, buscando não importa quem, alguém”, disse Chiquinho, na sua primeira declaração pública desde que foi preso no domingo (26).
Apesar da leitura do relatório, pela manutenção da prisão de Chiquinho, e das falas da defesa, a CCJ adiou a análise depois de um pedido de vista conjunta dos deputados Gilson Marques (Novo-SC), Fausto Pinato (PP-SP) e Roberto Duarte (Republicanos-AC). Pelo regimento, a análise só retorna depois de duas sessões, o que poderia ser somente a partir de 10 de abril.
Chiquinho Brazão no caso Marielle
As prisões dos irmãos Domingos Brazão e Chiquinho Brazão e do delegado Rivaldo Barbosa, suspeitos de terem mandado matar a vereadora carioca Marielle Franco (Psol) em 2018, foram realizadas pela Polícia Federal no domingo (24).
As prisões foram autorizadas pelo ministro Alexandre de Moraes, relator do caso, e mantidas pela primeira turma do STF, com base na delação premiada do ex-policial Ronnie Lessa. Ronnie e Elcio Queiroz, outro ex-PM, estão presos desde 2018, como executores do crime.
Se o presente da casa quiser pode muito bem jogar pra o plenário. Mas, esperar o que destes oportunistas? CONGREGO CADA DIA MAIS VERGONHOSO.