Durante uma live destinada a debater o passaporte vacinal e a imunização de crianças contra a covid-19, o deputado Diego Garcia (Podemos-PR) afirmou que não vacinará os filhos e que está disposto a perder o mandato para impedir o que classificou como “experimento”. A fala ocorreu no dia 28 de dezembro.
“Meus filhos não serão vacinados. Eu já falei para o secretário de Saúde aqui da cidade de Londrina (PR): ‘só passando por cima do meu cadáver, vai vacinar os meus filhos’. Vão ter que me matar, vão ter que tirar a minha a vida. Eu estou disposto a perder o meu mandato, mas ninguém vai impor a vacinação desse experimento junto dos meus filhos, em hipótese alguma”, afirmou o deputado.
A transmissão também contou com a participação do deputado General Girão (PSL-RN) e da médica Nise Yamaguchi, defensora do chamado “tratamento precoce” e investigada pela CPI da Covid.
O deputado Girão também se posicionou contra a vacinação de crianças, afirmando que foi uma “cobaia” nas duas vezes que tomou o imunizante. O deputado, que teve covid duas vezes, disse ter tido complicações de trombose por conta da vacina da AstraZeneca. “Eu fui cobaia, agora não quero que as minhas netas sejam”, explicou.
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Desde que a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) autorizou a utilização do imunizante da Pfizer em crianças de 5 a 11 anos, em 16 de dezembro. Apesar de o produto ter se mostrado seguro e já ser aplicado em diversas partes do mundo, a imunização dessa parcela da população tem sido atacada e criticada por defensores do atual governo.
Deputados bolsonaristas compartilharam conteúdos falsos, com afirmações de que as vacinas seriam capazes de causar danos permanentes no corpo, como problemas de fertilidade e câncer.
O ministro da Saúde, Marcelo Queiroga, anunciou uma consulta pública onde qualquer pessoa poderia apresentar “contribuições fundamentadas” sobre a imunização de crianças. No entanto, a página da consulta apresentou uma série de instabilidades, ficando vários dias fora do ar.
O Congresso em Foco buscou o deputado Diego Garcia para comentar o caso, mas ainda não conseguiu retorno. O espaço seguirá aberto para manifestações.
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