A campanha de reeleição do presidente Jair Bolsonaro (PL) poderá ter um desfalque importante no Amapá. A ministra da Mulher, Família e Direitos Humanos, Damares Alves, comunicou ao presidente que desistiu de sua candidatura ao Senado pelo estado. Liderança com forte presença no setor evangélico, Damares tem enfrentado a oposição do senador Davi Alcolumbre (União Brasil-AP), candidato à reeleição.
A ideia da candidatura da ministra no Amapá foi motivada por dois fatores. O primeiro pelo clima de revanche dos bolsonaristas com o senador Davi Alcolumbre, que segurou por mais de quatro meses, na Comissão de Constituição e Justiça (CCJ), a sabatina do ex-ministro André Mendonça, que então disputava a vaga como ministro do Supremo Tribunal Federal (STF).
Outro fator que impulsionou a ideia da candidatura de Damares é o fato do presidente Bolsonaro desejar uma bancada forte no Senado em um eventual segundo mandato. Garantir a vitória de Damares no estado também representaria uma derrota ao senador Davi Alcolumbre. No Amapá, Damares encontrou dificuldades no diretório estadual do PL, partido do presidente, e não se entusiasmou com a opção de uma candidatura ao Senado pelo PRTB devido a legenda não possuir um bom tempo TV.
A ministra comunicou a decisão de não disputar à eleição aos aliados durante a festa surpresa de aniversário do presidente Bolsonaro nesta segunda-feira, 21, no Palácio do Planalto. O presidente estaria tentando mudar a decisão da aliada.
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