O presidente da Comissão Parlamentar Mista de Inquérito (CPMI) dos Atos Golpistas, Arthur Maia (União-BA), sugeriu na terça-feira (11) a criação de um subgrupo que vai analisar 197 requerimentos. O subgrupo será composto por seis parlamentares dedicados às oitivas e diligências. O principal objetivo é pedir quebras de sigilos de depoentes envolvidos e despachar a liberação de documentação para aprofundar o andamento da CPMI.
A relatora da CPMI, Eliziane Gama (PSD-MA), trouxe uma nova leva de requerimentos extra pauta. A senadora alegou que devido às mentiras e ausência de relatos contundentes provenientes das oitivas de Silvinei Vasques, George Washington e do coronel Lawand será necessário quebrar o sigilo dos depoentes para que a CPMI não se transforme em algo inócuo ao longo de 180 dias.
Eliziane protestou em função da necessidade da obtenção de documentos e dados para que os parlamentares tenham as informações antes das oitivas. Como boa parte dos depoimentos contava com o direito dos ouvidos se manterem calados, a relatora exigiu as quebras de sigilos e relatórios de análise financeira para que a Comissão avance e não fique refém do silêncio dos convocados.
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A oposição se manifestou contrária principalmente à quebra de sigilo de parentes dos citados, o que inclui a esposa do ex-ajudante direto de Jair Bolsonaro, Mauro Cid, e a esposa do terrorista George Washington, sócia do empresário em um posto de gasolina.
O pedido de quebra de sigilo visa inverter a lógica atual da CPMI, que vem ouvindo há cerca de dois meses os convocados sem antes haver a totalidade de provas e inquéritos policiais disponíveis para o colegiado. Os últimos depoimentos causaram mal-estar entre diversos parlamentares, que classificaram como branda a posição de Maia em relação aos depoentes que mentiram durante depoimento na comissão.
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