A deputada federal Bruna Furlan (PSDB-SP) foi junto com o deputado Rogério Correia (PT-MG) a única a votar pela derrubada do veto de Jair Bolsonaro sobre orçamento impositivo.
Ao Congresso em Foco, ela afirmou que Bolsonaro é contraditório e que mantém as mesmas práticas de governo anteriores ao negociar emendas por votos favoráveis a projetos governistas no Congresso.
“Esse governo faz igualzinho todos os outros, mas arruma encrenca todo dia para desviar atenção e foco. Inclusive fui enfática para que não mais me procurassem para tratar de emendas extras e que seria importante o governo fazer na prática o que prega nas redes”.
A tucana afirmou que votou para derrubar o veto de Bolsonaro para que o Congresso tenha mais poder sobre as verbas e que o comandante do Planalto vire uma “figura decorativa”.
“Devido postura irresponsável do presidente Bolsonaro com a imprensa, Parlamento, chefes de outros poderes e países, quanto mais decorativo ele for melhor. Precisa deixar quem quer trabalhar, trabalhar. Ministro da Economia, da Defesa e Parlamento. Aí ele fica interagindo com os delírios da família e não atrapalha o país”.
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Ela nega que a defesa de uma gerência maior do Congresso sobre os recursos seja por proveito particular. “Fui uma das únicas parlamentares que votaram a Previdência e não aceitaram emendas ‘extras’. Não é essa a pauta que norteia minhas ações”.
Apesar dos 398 votos da Câmara para manter o veto e tirar R$ 30 bilhões do Poder Legislativo, há acordo para que projetos sejam apreciados na próxima semana. Essas iniciativas retomam ao Congresso o controle de cerca de R$ 15 bilhões do orçamento impositivo vetado.
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