O presidente nacional do PSL, Luciano Bivar, comparou nesta segunda-feira (16) as possíveis saídas do partido de Selma Arruda (PSL-MT) e Soraya Thronicke (PSL-MS) a filhos que vão morar fora do país.
“Você tem 4 filhos, às vezes dois vão morar exterior. As ideias independem dos homens. Temos um outdoor, quem quiser se juntar, pode vir, somos um partido liberal conservador”, disse ao Congresso em Foco.
O partido elegeu em 2018 quatro senadores: Flávio Bolsonaro, Major Olímpio, Soraya Thronicke e juíza Selma Arruda.
A desfiliação que está mais encaminhada é a da senadora juíza Selma. Em entrevista ao jornal Estado de São Paulo publicada no sábado (15), Selma disse que sairá do PSL na quarta-feira (18) para se filiar ao Podemos.
O PSL vive uma crise após a orientação do governo federal de retirar as assinaturas favoráveis a Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) da Lava Toga, que quer investigar membros de tribunais superiores.
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Bivar criticou a intenção dos senadores de investigar os juízes: “não tem porque fazer isso, é uma afronta ao judiciário”.
Soraya, Selma e o líder do partido na Casa Legislativa, Major Olímpio (SP), são favoráveis a CPI. O filho mais velho do presidente Jair Bolsonaro, Flávio Bolsonaro (PSL-RJ) é o único senador da sigla que foi favorável a retirada da assinatura.
O Podemos quer filiar todos os senadores do PSL insatisfeitos com o acordo que atrapalhou a CPI da Lava Toga. No entanto, Major Olimpio afirmou ao Congresso em Foco que vai “resistir e ficar” no PSL.
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A CPI da Lava Toga deixou de ser protocolada na semana passada porque perdeu a assinatura da senadora Maria do Carmo (DEM-SE). Nos bastidores, o comentário é que membros do PSL, como o senador Flávio Bolsonaro, têm feito muita pressão para que os congressistas desistam dessa investigação.
O deputado federal Eduardo Bolsonaro (PSL-SP), em defesa do irmão, postou nas redes sociais neste fim de semana um vídeo que, apesar de criticar a postura de Flávio, comenta que a CPI não teria eficácia para convocar e punir magistrados, em especial os ministros do Supremo Tribunal Federal (STF).
O major Olimpio está pedindo o desligamento do Flávio Bolsonaro do partido. Acho que, se o Flávio não sair do PSL, o majir Olimpio e a Soraya também irão para o Podemos, que desbancará o MDB. Tomara!
Nós que votamos no Flávio, o fizemos porque não havia nada contra ele. Se o MPRJ que já sabia das “rachadinhas” de 28 deputados na ALERJ, tivesse divulgado antes do pleito, certamente ele não teria sido eleito.