O Banco do Brasil (BB) pediu mais tempo à Comissão Parlamentar Mista de Inquérito (CPMI) dos Atos Golpistas para liberar dados referentes à quebra de sigilo bancário do ex-diretor-geral da Polícia Rodoviária Federal (PRF) Silvinei Vasques.
Em ofício encaminhado à CPMI nesta terça-feira (18), ao qual o Congresso em Foco teve acesso, os responsáveis pela área do Banco solicitam mais 30 dias para o encaminhamento das informações sigilosas. A quebra do sigilo de Silvinei Vasques foi aprovada pela CPMI no último dia 11 de julho, em sessão do colegiado.
O ex-diretor da PRF foi o primeiro convocado a prestar depoimento na CPMI, mas foi acusado de ter mentido na comissão. Silvinei Vasques é suspeito de usar a instituição para tentar interferir no segundo turno das eleições de 2022.
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“Informamos que este Banco adotou todas as medidas necessárias ao seu atendimento, todavia, o prazo estipulado para a entrega do material revela-se insuficiente, considerando a complexidade na elaboração dos arquivos no formato da Carta-Circular Bacen nº 3454/2010, que exige um período maior para sua confecção, em virtude dos prazos estabelecidos pelo Banco Central do Brasil para a troca das informações
eletrônicas do Sistema de Compensação entre as Instituições Financeiras”, afirma o documento.
Investigado pela Polícia Federal por conta da atuação da instituição no dia do segundo turno das eleições, o diretor-geral da Polícia Rodoviária Federal (PRF) Silvinei Vasques foi exonerado do cargo em dezembro do ano passado, no final da gestão de Jair Bolsonaro(PL).
No dia 30 de outubro, a PRF realizou centenas de ações de fiscalização do transporte público, especialmente na região Nordeste. Nas redes sociais, os usuários compartilharam vídeo das ações da PRF formando barricadas para dificultar o deslocamento de ônibus e de motocicletas que transportavam os eleitores. Relatos sobre essas ações partiram inclusive de políticos locais, como prefeitos e vereadores.
À época, o presidente do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), ministro Alexandre de Moraes, determinou que Vasques fosse oficiado “com urgência” para “informar imediatamente sobre as razões pelas quais [estão sendo] realizadas operações policiais”.
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