Em coletiva de imprensa, o deputado Sóstenes Cavalcante (União-RJ), líder da Frente Parlamentar Evangélica, declarou que as denúncias de corrupção envolvendo o ministro da educação Milton Ribeiro e ao menos dois pastores evangélicos não são motivação para um eventual rompimento da bancada com o governo.
Segundo o deputado, a bancada possui alinhamento ideológico com o governo, não havendo até o momento uma justificativa de ruptura. “O alinhamento de governo com o parlamento passa muito mais com partidos do que com bancadas. Em todos os temas ideológicos, o presidente Jair Bolsonaro sempre teve e terá [apoio], porque nos une em 90% das pautas. Não haverá momentos ou circunstâncias transitórias que nos separem”, declarou.
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O líder evangélico também afirma que não fará pressão para que Milton Ribeiro seja exonerado. “Não fomos nós que o indicamos, logo não somos nós que pedimos para tirar. Não temos autonomia para isso. Não somos nós que vamos tomar nenhuma decisão que é interna corporis do executivo, não tem nada a haver com a frente parlamentar evangélica”, justificou. Sóstenes afirma que Bolsonaro foi o presidente que mais incluiu evangélicos em sua equipe ministerial, mas que nenhum foi por indicação da bancada.
Por outro lado, Sóstenes Cavalcante considera insatisfatória a nota publicada por Milton Ribeiro, em que nega a possibilidade de participação em esquemas de corrupção. “A nota apresentada até o momento não é suficiente para que tudo fique devidamente esclarecido. Solicitamos ao ministro que possa, de outra forma, continuar outros esclarecimentos que, ao nosso critério, faltam ser esclarecidos”, afirmou.
Ainda sobre as denúncias, declarou que “a Frente Parlamentar Evangélica jamais se furtará do seu combate à corrupção, da luta pela ética e pelos nossos valores morais. Isso unifica todos os parlamentares membros da bancada. Não são episódios isolados ou trechos de falas que vão nos divorciar dos nossos principais objetivos”.
Apesar de não descartar a possibilidade da prática de corrupção por parte do ministro, Sóstenes Cavalcante considera Milton Ribeiro inocente até que se prove judicialmente o contrário. Defende também que o ministro acione os órgãos de controle como Ministério Público e Polícia Federal para que investiguem o ocorrido, e defendeu que pastores que tenham participado em eventuais crimes sejam “exemplarmente punidos”.
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