A bancada do PSDB no Congresso Nacional anunciou, nesta terça-feira (10), que dará continuidade às negociações com os partidos MDB e Cidadania para a definição de uma candidatura única para disputar a Presidência da República nas eleições de outubro. A sigla também legitimou o nome do presidente nacional do partido, Bruno Araújo, para costurar um único nome dentro da aliança com MDB e Cidadania.
“A bancada de deputados federais e senadores do PSDB decidiu, na manhã desta terça-feira, legitimar o presidente nacional do nosso partido, Bruno Araújo, a avançar nas conversas com o MDB e o Cidadania buscando uma candidatura única, posto que, na atual conjuntura, eventuais candidaturas isoladas destes partidos tendem a perder força no cenário nacional.”, publicou o partido.
A nota foi assinada pelo senador Izalci Lucas (DF) e o deputado Adolfo Viana (BA), líderes do partido no Senado e na Câmara, respectivamente. As legendas pretendiam lançar uma pré-candidatura única com o União Brasil ainda neste mês de maio, mas o partido anunciou sua saída da “terceira via” e que deverá ter uma candidatura própria à Presidência da República.
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Publicidade— PSDB 🇧🇷 (@PSDBoficial) May 10, 2022
A sigla de Luciano Bivar decidiu abandonar a aliança para lançar uma chapa puro-sangue. A chamada “terceira via” tenta encontrar um candidato alternativo para quebrar a polarização entre o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) e o atual chefe do Executivo, Jair Bolsonaro (PL), na corrida à Presidência da República.
Hoje, o grupo possui o nome do ex-governador de São Paulo João Doria (PSDB) e da senadora Simone Tebet (MDB-MS), que esperam ter o nome oficializado para a disputa ao Palácio do Planalto. Ambos apresentam baixa porcentagem nas pesquisas de intenção de voto. A candidatura de João Doria sofre resistências dentro do PSDB. Já o MDB há setores defendendo uma composição com a candidatura do ex-presidente Lula (PT).
Lideranças do Cidadania ouvidas pelo Congresso em Foco também mantém restrições ao nome de João Doria, acreditando que a candidatura do tucano, se não deslanchar, vai prejudicar o desempenho do partido na disputa proporcional. Ainda na época em que o União Brasil estava no grupo, um quadro do Cidadania mostrou preocupação e disse acreditar que “João Doria manteria a candidatura na tora” e que poderia prejudicar a eleição de deputados, sobretudo, na região Sudeste.
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