O senador Omar Aziz (PSD-AM), descartou a possibilidade da convocação do sócio-gerente da Precisa Medicamentos, Francisco Maximiano, nos próximos dias, para a CPI da Covid. De acordo com o presidente da Comissão, o empresário só será convocado quando não estiver sob resguardo de Habeas Corpus (HC) concedido pelo Supremo Tribunal Federal (STF). “Eu não quero outro Carlos Wizard aqui”, disse Aziz.
O empresário Carlos Wizard compareceu à CPI da Covid na última semana, mas não respondeu a nenhuma das perguntas dos senadores por dispor do recurso do STF. O depoimento do sócio da Precisa se encaixa na linha da investigação das negociações irregulares de compras de vacinas pelo Ministério da Saúde.
O depoimento de Maximiano estava marcado para a última quinta-feira (1), mas foi substituído pela oitiva de Luiz Paulo Dominguetti, policial militar e suposto representante da empresa Davati Medical Suppl., Ele denunciou ao jornal Folha de S. Paulo o pedido de propina de US$ 1 por dose da vacina AstraZeneca pelo então diretor do departamento de logística do Ministério da Saúde, Roberto Dias, que depõe à CPI nesta quarta (7).
Os senadores trabalham na investigação de uma possível intervenção do líder do governo Bolsonaro na Câmara dos Deputados e ex-ministro da Saúde, deputado Ricardo Barros (PP-PR), na pasta. O dono da Precisa estaria entre a influência. Maximiano também se apresenta como o dono da Global Medicamentos que está envolvida em outras investigações de inconstâncias entre a empresa e o Governo Federal.
Senadores da base governista discordam da posição do presidente Omar Aziz. O senador Flávio Bolsonaro (Patriota-RJ) chegou a dizer a jornalistas na última quinta (1) que o depoimento de Maximiano é importante para “esclarecer” as acusações ao empresário. O parlamentar também justificou que é direito de Maximiano o Habeas Corpus do STF. “Quem garante que ele não vai falar?”
> Proposta de contrato da Precisa foi enviada para e-mail pessoal de militar
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