A defesa de Marconny Ribeiro de Faria, indicado como suposto lobista da Precisa Medicamentos e ligado ao filho 04 do presidente, Renan Bolsonaro, solicitou ao Supremo Tribunal Federal (STF) a suspensão do depoimento dele à CPI da Covid-19, marcado para esta quinta-feira (2).
O advogado alega que não teve acesso aos documentos de convocação do depoente na CPI e que Faria não foi formalmente intimado a comparecer na comissão.
Mais cedo, a cúpula da CPI decidiu acionar o STF para garantir a condução coercitiva do lobista. A polícia legislativa continua na busca pelo o depoente, que está com o paradeiro não identificado. Os senadores encontraram um elo que liga o advogado ao filho 04 do presidente Jair Bolsonaro, Jair Renan.
A defesa pede que o mesmo seja colocado na condição de investigado, para assegurá-lo à prerrogativa de não prestar o juramento de dizer a verdade e permanecer em silêncio. Ele já possui um habeas corpus concedido pelo Supremo que o garante isso.
“A determinação de comparecimento do paciente perante a CPI na condição de testemunha poderá causar graves violações aos direitos mais elementares do paciente, notadamente ao direito da não autoincriminação e o direito ao silêncio, que compreende defesa técnica e autodefesa”, alega a defesa.
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A CPI também estuda um pedido de prisão preventiva dele. “Estamos procurando a localização dele em alguns endereços de Brasília e caso não consigamos localizar ele, vamos pedir a prisão preventiva”, Randolfe Rodrigues (Rede-AP).
Médico volta atrás
O atestado médico concedido ao lobista da Precisa Medicamentos, Marconny Faria, foi revisto pelo médico que analisou suas alegadas queixas. De acordom com os senadores, o médico responsável por ter dado o atestado original disse que prestaria informações necessárias à CPI caso necessário.
O lobista da Precisa Medicamentos é uma das figuras-chave para compreender o esquema de compras planejado pelo governo da vacina covaxin. A proposta, já cancelada devido às irregularidades, envolveria o sobrepreço do valor da vacina, e teria a operação do líder do governo na Câmara, Ricardo Barros (PP-PR).
Nesta quarta-feira, descobriu-se também que Marconny auxiliou na criação de uma empresa de Jair Renan Bolsonaro, o filho “zero quatro” do presidente Jair Bolsonaro.
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