“Se alguém aí fora ainda duvida de que algumas coisas podem acontecer em nosso país, se alguns questionam os sonhos de nossos fundadores, hoje é a resposta para suas dúvidas.”
Foi com essa espécie de desabafo que o democrata Barack Obama, extra-oficialmente declarado novo presidente dos Estados Unidos, iniciou o discurso da vitória em Chicago, diante de milhares de eufóricos e emocionados eleitores norte-americanos.
Com a conquista de 338 votos de delegados dentre os 538 colégios eleitorais nos estados (até cerca de 3h20 desta quarta-feira), dos 270 necessários para a vitória, e após o telefonema no qual a derrota foi admitida pelo republicano John McCain, o democrata apareceu com contida felicidade e alívio diante da gigantesca platéia. Como manda o figurino, chegou de mãos dadas com a nova primeira-dama, Michelle Obama, e as filhas Malia e Sasha.
Obama fez um pronunciamento de quase meia-hora, no qual saudou o “corajoso líder” derrotado John McCain, repetiu diversas vezes o lema de campanha “Yes, we can” (“Sim, nós podemos”, no que era acompanhado em uníssono pela multidão) e, em meio a uma ovação unânime, mandou um recadinho ao mundo, com atenção especial aos terroristas.
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“Àqueles que querem destruir o mundo, nós vamos derrotar vocês. Àqueles que querem paz no mundo, nós apoiaremos vocês”, bradou, endurecendo o discurso ameno e calculado durante a campanha presidencial, e fazendo referência à mudança tão apregoada em sua proposta de gestão.
“Um novo amanhecer está no horizonte”, profetizou Obama, dirigindo-se a cidadãos que o acompanhavam em todo o mundo, “nos cantos mais esquecidos do planeta”. (Fábio Góis)
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