O líder do Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST) João Pedro Stedile criticou na quinta-feira, em Cascavel (oeste do PR), a invasão da Câmara pelo Movimento de Libertação dos Sem-Terra (MLST). Stedile classificou a ação como “equívoco”.
O líder do MST comentou a invasão depois de palestra na 5ª Jornada de Agroecologia, que acontece até o próximo sábado no Centro de Convenções de Cascavel. Stedile foi a Cascavel para falar sobre o “projeto das transnacionais para dominar a agricultura no mundo”.
Segundo ele, a ação do MLST foi um equívoco. “Nossos inimigos são o latifúndio, as empresas transnacionais e os bancos. A Câmara e os deputados precisam ser nossos aliados, não atacados”, afirmou.
As lideranças do MST têm optado por não comentar a ação do MLST, um movimento dissidente do próprio MST, e Stedile procurou ser breve ao comentar a invasão, ocorrida na última terça-feira.
A principal divergência entre o MLST e o MST é a forma de luta pela reforma agrária. Enquanto o MST defende a necessidade de um amplo movimento de massa, com apoio da sociedade urbana, o MLST entende a luta pela terra como uma etapa para uma revolução socialista. O grupo liderado por Bruno Maranhão, que foi suspenso da Executiva Nacional do PT, segue a doutrina maoísta (do líder comunista chinês Mao Tse-tung).
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