A ministra da Casa Civil, Gleisi Hoffman, afirmou neste sábado (27) que está tranquila com a revelação de que recebeu uma indenização de 40% da estatal Itaipu mesmo tendo pedido demissão – ao contrário do que acontece com os demais trabalhadores. A verba foi paga pouco antes de ela disputar uma eleição.
“Como uma pessoa pública, eu procurei a Procuradoria-Geral da República para explicar a situação em que houve essa exoneração”, disse Gleisi hoje, de acordo com a Folha.com. “Mas estou muito tranquila.”
Gleisi disputou o Senado em 2006. Para poder se compatibilizar à disputa, pediu para deixar o cargo de diretora financeira de Itaipu. Mas o presidente da empresa, o petista Jorge Samek, afirmou que ele preferiu demiti-la do cargo. Assim, Gleisi teve direito a sacar o seu Fundo de Garantia do Tempo de Serviço (FGTS) e ainda receber uma indenização de 40% sobre o valor de R$ 104 mil depositados. Com a indenização de R$ 31 mil, a ministra teve direito a receber um total de R$ 145 mil às vésperas da eleição. Ela perdeu a corrida para o Senado naquele ano, mas venceu em 2010.
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Na sexta-feira, Gleisi questionou a Procuradoria Geral da República se sua atitude trouxe prejuízos aos cofres públicos e se ofereceu para devolver o dinheiro. Hoje, a ministra disse que vai “seguir as orientações da Procuradoria”. Afirmou ainda estar “à disposição” do órgão dirigido por Roberto Gurgel para prestar esclarecimentos.
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