O empresário Otávio Marques de Azevedo, presidente afastado da Andrade Gutierrez, voltou hoje (10) para a carceragem da Polícia Federal em São Paulo. Ele estava em prisão domiciliar há cinco dias, porém, por ordem expedida pelo juiz Marcelo da Costa Bretas, da 7ª Vara Federal do Rio de Janeiro, voltou ao regime fechado.
O juiz é responsável pelas investigações sobre o suposto envolvimento de dirigentes da empresa com fraudes na Eletronuclear. Marcelo Costa Bretas avaliou que, em decorrência de uma decisão do juiz Sérgio Moro, deveria se pronunciar sobre a prisão domiciliar com tornozeleira eletrônica a que Azevedo estava submetido.
O empresário obteve prisão domiciliar após celebrar um acordo de delação premiada. No entanto, pesam contra ele duas ordens de prisão: uma no Rio de Janeiro – envolvendo a Eletronuclear –, e outra em Curitiba, sobre suposto esquema de propinas na Petrobrás. O acordo de delação foi firmado no âmbito da Lava Jato, porém, Marcelo Costa Bretas julgou que deveria se pronunciar sobre a medida, tendo em vista que havia mandando de prisão contra Azevedo sob sua guarda.
O ex-presidente da Andrade Gutierrez deverá passar a noite nas dependências da PF e seguir para o Rio de Janeiro amanhã. O advogado de Otávio Azevedo informou que irá recorrer da decisão.
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